Conselho da Petrobras analisa nesta segunda indicação de Parente
O Conselho de Administração da Petrobras vai avaliar a indicação de Pedro Parente para a presidência executiva e para integrar o colegiado em reunião extraordinária agendada para segunda-feira (23), informou a estatal nesta sexta-feira (20).
Parente, ex-ministro da Casa Civil do governo Fernando Henrique Cardoso, aceitou convite de Michel Temer e será o novo presidente da Petrobras.
Ex-presidente da Bunge Brasil, Pedro Parente é sócio na gestora de fortunas Prada ao lado da mulher, Lucia Hauptman.
Ele vai substituir Aldemir Bendine, que assumira o comando da estatal no início de 2015, no lugar de Graça Foster.
Bendine foi avisado na semana passada que deixará o cargo. Emissários de Temer pediram, porém, que esperasse a indicação do novo nome.
POLÍTICA
Em sua primeira declaração pública, Parente, afirmou na quinta-feira (19) que definiu com o presidente interino Michel Temer que não haverá em sua gestão indicações políticas para cargos na empresa estatal.
Segundo ele, a condição facilitará as escolhas do conselho de administração da companhia nacional e influenciou em sua decisão de aceitar assumir o posto de comando.
"Não haverá indicações políticas na Petrobras, o que foi uma orientação clara do presidente Michel Temer", disse. "Isso vai facilitar muito a vida do conselho de administração e a minha própria vida porque, se fosse o caso, o que não será, certamente não seriam aceitas", disse.
Na entrevista, Parente disse que foi uma "grande honra" ter sido convidado para assumir o cargo e reconheceu que o posto não estava em seus planos iniciais. Ele defendeu que a governança da empresa estatal seja aperfeiçoada e que ela se torne "estritamente profissional". Assim, segundo ele, haverá a possibilidade dela enfrentar seus atuais desafios.
O novo dirigente antecipou ainda que conversará com o conselho de administração antes de tomar decisão de manter ou exonerar os atuais diretores da empresa estatal. Segundo ele, os mecanismos de governança funcionarão na companhia de petróleo "como têm que funcionar em qualquer empresa de primeiro porte".
"Eu posso manter, eu posso tirar (os atuais diretores). Isso é uma prerrogativa do presidente executivo da Petrobras, registrado que isto, obviamente, é uma conversa que tem que ser aprovada pelo conselho de administração", disse.
APAGÃO
Parente teve papel destacado no governo de Fernando Henrique Cardoso, chegando a ser ministro da Casa Civil, em 1999.
Seu principal desafio se deu no apagão de energia enfrentado pelo país em 2001. Com o país à beira de um colapso energético, o governo contou um gabinete especial para enfrentar a crise, coordenado por Pedro Parente: a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica.
O racionamento, que se prolongou até os primeiros meses de 2002, desgastou a popularidade do presidente FHC, mas a avaliação da condução da crise por Pedro Parente, dentro do governo, foi positiva.
Na reta final do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, Parente era um dos auxiliares mais próximos do presidente, segundo sua biografia no CPDOC da Fundação Getúlio Vargas.
O ex-ministro coordenou a transição entre o governo FHC e o eleito governo Lula, em 2002, e passou então a atuar no setor privado.
Foi do conselho de administração de TAM, ALL - America Latina Logística e Kroton Educacional e vice-presidente executivo do Grupo Rede Brasil Sul de comunicações.
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