Associação nega acusações de tentar barrar importações de aço
Antônio Gaudério - 8.set.2006/Folhapress | ||
Fábrica da CSN onde é feita a transformação de ferro líquido em aço líquido, em Volta Redonda (RJ) |
O Instituto Aço Brasil, que representa as usinas siderúrgicas instaladas no país, negou acusações de que tenha agido para barrar a concorrência ao abrir uma série de processos na justiça contra a importação de vergalhões.
A entidade, que representa empresas como Gerdau, ArcelorMittal e Votorantim Siderurgia, negou acusações feitas por entidade de importadores de aço que resultou em abertura de um processo administrativo contra o IABr pelo órgão de defesa da concorrência no país, Cade.
"O que o Aço Brasil fez foi solicitar aos poderes constituídos que se averiguasse a qualidade dos vergalhões importados, de acordo com os mesmos procedimentos a que são submetidos os vergalhões produzidos no país", afirmou o IABr em comunicado à imprensa.
"Carecem, portanto, de fundamento as alegações colocadas pela Abrifa junto ao Cade de que o Aço Brasil quer impedir as importações", acrescentou a entidade, em referência à entidade que pediu abertura de processo de averiguação.
Representantes da Abrifa não puderam ser contatados para comentar o assunto. No processo aberto junto ao Cade, a entidade afirma que o IABr abriu 40 ações judiciais contra importações de vergalhões, usando mecanismo conhecido como "Sham Litigation", em que o executor da estratégia não baseada em preços cria dificuldades à livre concorrência ao limitar ou impedir acesso de novas empresas ao mercado.
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