Jaguar Land Rover inaugura sua 1ª fábrica 'estrangeira' em Itatiaia
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Range Rover Evoque (dir.) e Discovery Sport, que serão nacionais a partir deste ano |
Os executivos ingleses são os primeiros a dizer que a fábrica fluminense da Jaguar Land Rover –a primeira construída fora do Reino Unido– é hoje a mais moderna linha de produção da empresa. Sua chegada coincide com um dos piores momentos da história do setor automotivo.
Por esse motivo, a empresa evita fazer projeções. De acordo com o presidente da montadora na América Latina, Frank Wittemann, a produção irá acompanhar a retomada do mercado. o Executivo projeta que a melhora virá entre 2017 e 2018.
Serão produzidos os modelos Evoque e Discovery Sport, que representam 70% das vendas da marca no país.
A capacidade da fábrica (24 mil unidades por ano) é bem maior que o potencial atual do mercado. Foram emplacados 3.068 carros da Land Rover nos cinco primeiros meses do ano, uma queda de 8% na comparação com o mesmo período de 2015.
Em 2013, ano em que o investimento foi anunciado, a empresa teve 10,7 mil carros vendidos. Desde então, houve seguidas quedas. Hoje, a capacidade de produção é três vezes maior que a demanda, e ainda não foram anunciadas metas de exportação.
A montadora inglesa investiu R$ 750 milhões na unidade, que ocupa um terreno de 60 mil metros quadrados em Itatiaia (RJ). De acordo com a marca, serão gerados mil postos de trabalho em toda a cadeia de produção.
Há linhas de produção na Índia e na China, mas essas apenas montam os carros com peças 100% importadas.
PREÇOS NÃO CAEM
Apesar da produção nacional, não há planos de reduzir os preços dos Land Rover nacionais, afirma Wittemann. O mesmo ocorre com veículos de marcas premium que hoje são feitos no Brasil por Audi, BMW e Mercedes-Benz.
Os modelos nacionais começam a chegar nesta semana às lojas. O primeiro será o Range Rover Evoque, que tem preço inicial de R$ 224 mil.
A marca não divulga o índice de peças nacionais nos carros, mas afirma que cumpre o Inovar-Auto, que oferece incentivos à produção local de veículos.
Embora tenha características inovadoras, como vincular benefícios fiscais à redução de consumo e emissões de poluentes pelos carros, o programa recebe críticas.
Alguns preceitos remetem ao início dos anos 1950, quando, por exemplo, Getúlio Vargas proibiu a importação de carros prontos para forçar a industrialização.
Mas diferentemente do que ocorreu há 60 anos, quando houve o primeiro programa de incentivo à produção local sob Juscelino Kubitschek, o que se vê é o fim de um ciclo.
Com a ociosidade nas fábricas de automóveis chegando a 52% segundo a Anfavea (associação das montadoras) e mais de 30 empresas instaladas no Brasil, é difícil imaginar espaço para outras marcas produzirem no país.
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