Governo só vai intervir se usuário da Oi for prejudicado
Nacho Doce/Reuters | ||
Logo da Oi em shopping em São Paulo |
O governo Michel Temer avalia que a melhor solução para a crise da Oi passa pela venda da empresa e acredita que, antes disso, a Justiça irá acatar o pedido de recuperação judicial para equacionar o problema de endividamento da companhia.
"A crise reflete uma má gestão da empresa e uma saída, no futuro, pode ser a troca de seu comando, mas antes confiamos que a recuperação judicial possa resolver no curto prazo a crise", disse à Folha o ministro Gilberto Kassab (Comunicações).
A equipe de Temer, não descarta, porém, uma intervenção da Anatel na tele no caso extremo de os serviços ao consumidor ficarem comprometidos.
"O governo não vai se omitir e tomará todas as medidas necessárias para evitar prejuízos para o consumidor", disse Kassab, acrescentando confiar numa solução negociada para evitar uma "medida violenta como a intervenção".
Segundo assessores presidenciais, uma intervenção hoje está descartada, porque, apesar da crise financeira, a prestação dos serviços pela Oi não estão comprometidos.
Um técnico disse à Folha que do ponto de vista operacional a tele está na média do setor e também não está deixando de fazer os pagamentos de tarifas de conexão. A falha num desses quesitos justificaria uma intervenção da agência reguladora no comando da empresa.
A orientação do presidente Temer à sua equipe é no sentido de não garantir nenhum tipo de socorro financeiro à Oi. "Não há hipótese de o governo entrar com recursos financeiros neste caso", afirmou o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil).
O governo acredita que, aceita a recuperação judicial, as negociações vão evoluir. Padilha disse que o governo pode ajudar na elaboração de um plano de venda após a etapa de negociação da dívida.
Segundo ele, se a empresa solicitar auxílio do governo, o BNDES e o Banco do Brasil poderão ajudar na elaboração do plano de venda com o objetivo de recuperar os empréstimos feitos à tele e impedir demissões em massa.
O BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa figuram na lista dos maiores credores individuais da empresa privada.
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