Brasil registra superavit com o exterior de US$ 1,2 bilhão em maio
Marcos Santos/USP Imagens | ||
Brasil registra superavit com o exterior de US$ 1,2 bilhão em maio |
Em maio de 2016, o Brasil apresentou superavit nas transações correntes de US$ 1,2 bilhão, informou o Banco Central, nesta sexta-feira (24). Este é o melhor resultado desde agosto de 2007, quando o país registrou um saldo líquido positivo de US$ 1,233 bilhão nas transações com o exterior.
No ano, há deficit de US$ 5,966 bilhões. Em 12 meses, o deficit é de US$ 29,5 bilhões, o que representa 1,7% do PIB.
Em 2015, entre os meses de janeiro e maio, o buraco no balanço de pagamentos do país no acumulado estava em US$ 35,325 bilhões. Assim, o deficit de 2016, em comparação ao do ano anterior, é 83,1% menor.
Balanço das transações correntes - Em R$ bilhões
O Banco Central projeta um deficit em transações correntes de US$ 15 bilhões até o final do ano. A nova projeção, anunciada nesta sexta, é US$ 10 bilhões menor que a anterior.
O principal motivo para a redução é o desempenho das importações comerciais, segundo Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central.
A previsão de importações de US$ 140 bilhões, US$ 10 bilhões a menos do que a previsão anterior, também elevou para US$ 50 bilhões a projeção para o saldo comercial. Caso o país alcance este superavit comercial, seria o maior da história.
"Houve uma retração bem acentuada do deficit em transações correntes. Mas a magnitude dessa retração diminui à medida que avançando no ano. Claro que a taxa de câmbio tem um papel determinante nesse fluxo. A valorização do real contribui para o arrefecimento dessa contração", diz Maciel.
INVESTIMENTOS DIRETOS
Os investimentos diretos no país somaram US$ 6,1 bilhões em maio. Em doze meses, eles totalizam US$ 79,4 bilhões, o que equivale a 4,57% do PIB.
O investimento direto é a principal fonte de dólares para o Brasil e tem ajudado a manter o saldo entre entrada e saída de recursos positivo neste ano.
O bom volume de investimentos até maio fez com que o BC elevasse suas projeções. Agora, ele espera uma atração de investimentos da ordem de US$ 70 bilhões, cerca de US$ 10 bilhões acima da projeção anterior.
BREXIT
Maciel afirmou que a iminente saída do Reuno Unido da União Europeia deve ter impacto limitado sobre o Brasil. Ele explica que o pequeno comércio bilateral e a solidez financeira do país o blindam nesse processo.
"A corrente de comércio com o Reino Unido representa apenas 1,5% do total comercializado pelo Brasil. Em termos de mercado, essa saída agrega muita incerteza. Mas o impacto no curto prazo é muito limitado. Claro que terão mudanças graduais no processo", afirma Maciel.
Mais cedo, o Banco Central publicou uma nota dizendo que está monitorando os desenvolvimentos nos mercados global e doméstico em razão do plebiscito britânico. "Caso necessário, [o BC] adotará as medidas adequadas para manter o funcionamento normal dos mercados financeiro e cambial."
O órgão afirma que a economia brasileira tem fundamentos robustos para enfrentar movimentos decorrentes desse processo. Os fundamentos citados pelo BC são o montante de reservas internacionais, o regime de câmbio flutuante e um sistema financeiro sólido, com baixa exposição internacional.
As reservas internacionais brasileiras somaram, em maio, US$ 374,6 bilhões –uma redução de US$ 2,1 bilhões em relação ao mês anterior. Já a dívida externa bruta do país, em maio, estava em US$ 331,4 bilhões.
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