Carrefour tem aumento nas vendas ajudado por Brasil e França
Regis Devignau/Reuters | ||
Carrefour afirmou que crescimento das vendas se acelerou no terceiro trimestre |
A segunda maior rede de varejo do mundo, Carrefour, afirmou nesta quarta-feira (19) que o crescimento das vendas se acelerou no terceiro trimestre, refletindo vendas fortes no Brasil e melhora de performance na França, seu maior mercado.
No Brasil, segundo maior mercado do Carrefour no mundo, as vendas subiram 12,4% no terceiro trimestre em relação a um ano antes. Já na França houve crescimento de 1,2%, superando expectativas de analistas de alta de 0,6%.
O Carrefour tem resistido à recessão no Brasil, pois vende principalmente alimentos no país e, portanto, é menos vulnerável à queda dos gastos dos consumidores. O Carrefour também está se beneficiando da renovação de alguns dos seus hipermercados no país e do desempenho robusto da bandeira Atacadão.
O varejista tem como rival na França o grupo Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar no Brasil e que teve desaceleração de vendas no trimestre.
No caso específico do GPA, a receita líquida no conceito "mesmas lojas" no terceiro trimestre também foi apoiada no segmento alimentar (Multivarejo e Assaí).
As vendas totais do grupo no terceiro trimestre somaram € 21,78 bilhões, levemente acima da mediana de estimativas de analistas de € 21,71 bilhões, segundo pesquisa da Reuters.
Desconsiderando efeitos de calendário e vendas de combustíveis, houve crescimento na receita de 3,2%. No segundo trimestre, a alta tinha sido de 2,7%.
Na China, onde o Carrefour está reestruturando operações, a desaceleração do consumo continuou um desafio, mas o ritmo de queda nas vendas caiu de 9,3% no segundo trimestre para 7,8% nos três meses encerrados em setembro.
"Este foi um bom terceiro trimestre. Isso confirma o nosso bom começo de ano e a busca do impulso iniciado em 2012", afirmou o diretor de Finanças do grupo, Pierre-Jean Sivignon, em teleconferência.
As estimativas de mercado para todo o ano de 2016 de lucro antes de juros e impostos (EBIT) de cerca de € 2,45 bilhões são "viáveis", acrescentou.
O maior varejista da Europa confirmou planos de investir € 2,5 bilhões a € 2,6 bilhões na renovação e expansão de lojas este ano e espera que mais € 2,4 bilhões sejam investidos no próximo ano, disse Sivignon.
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