Servidores do Rio entram em conflito com Polícia Militar
Luiz Souza/Fotoarena/Agência O Globo | ||
PMs bloqueiam entrada a Assembleia Legislativa do Rio durante protesto de servidores |
Os servidores públicos do Estado Rio mantiveram nesta quarta-feira (9) pressão sobre o governo contra o pacote de medidas de ajuste fiscal anunciado na semana passada.
Na terça (8), servidores da área da segurança pública invadiram a Alerj (Assembleia Legislativa do Estado), onde serão votados a partir do próximo dia 16 os projetos propostos pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Eles tentaram, em vão, uma reunião com o presidente da casa, Jorge Picciani (PMDB), apontado como o último esteio de apoio do Executivo, já que a Justiça e o Ministério Público, aliados de longa data do governo do Rio, se pronunciaram publicamente contra as medidas.
A Polícia Militar não ofereceu resistência ou deu início a qualquer conflito no protesto que resultou em ocupação na terça, já que os servidores que ali se manifestavam eram policiais civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários.
Nesta quarta-feira, contudo, a manifestação, que foi encabeçada por servidores da Justiça, educação e de outras áreas, foi reprimida com spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e golpes de cassetete.
Diante de nova negativa do presidente da Alerj em receber os manifestantes, um grupo convocou os manifestantes a tomar novamente as galerias da Casa, por volta das 15h. Os servidores, contudo, foram impedidos na porta por homens da PM. Um funcionário do Degase, que é o sistema correcional para menores infratores, foi preso na ação.
"O Picciani disse que só poderia nos receber na quarta-feira da semana que vem, exatamente o dia em que começam as votações. Assim como nossos colegas da segurança ontem, decidimos ocupar o plenário como forma de sermos ouvidos", disse o integrante do sindicato dos Trabalhadores do Saneamento de Niterói Ary Girota, que exibia um ferimento na perna causado por estilhaço de bombas de efeito moral.
"Pensávamos que a polícia não faria nada, como não fez ontem, mas eles bateram em todo mundo, aposentados, professores e todos mais que estavam aqui."
O conflito durou cerca de 40 minutos e os servidores voltaram à porta do Palácio Tiradentes, no centro do Rio, onde fica a assembleia, após a dispersão inicial.
O objetivo dos servidores é fazer mais mobilizações até o final da semana. Eles estão organizados em um grupo supra sindical Musp (Movimento Unificado dos Servidores Estaduais) para manter uma agenda de pressão.
Nesta quinta-feira (10), a partir das 11h, beneficiários dos projetos sociais que serão cortados farão manifestação em frente a Alerj. Servidores prometem engrossar o coro. Na sexta, está marcado mais um protesto unificado.
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