Temer diz que situação do Rio é seriíssima e sugere teto para Estados
O presidente Michel Temer avaliou nesta quinta-feira (10) que o problema financeiro do Rio de Janeiro é "seriíssimo" e defendeu que as unidades da federação adotem também um teto de gastos públicos para evitar que as despesas excedam as receitas.
Em discurso em reunião do conselho de ciência e tecnologia, promovida no Palácio do Planalto, o peemedebista ressaltou que o Ministério da Defesa está preocupado inclusive com a questão da segurança pública no Rio de Janeiro.
"Nós estamos com um problema seríssimo nos Estados brasileiros, particularmente no Rio de Janeiro. O ministro da Defesa está preocupadíssimo em como resolver as questões de segurança, porque, em dado momento, quase que a despesa excede a receita", afirmou.
Para tentar reduzir a dívida estadual, o governador Luiz Fernando Pezão lançou um pacote de medidas impopulares, entre elas o aumento das alíquotas para até 30%. Com a medida, a gestão estadual espera arrecadar R$ 5,5 bilhões em 2017 e R$ 8,3 bilhões em 2018.
Na terça-feira (8), contudo, o desembargador Custódio de Barros Tostes, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deferiu liminar suspendendo as discussões sobre o aumento na contribuição previdenciária para servidores e aposentados do governo estadual.
Em discurso, o presidente também disse que não se incomoda de terminar seu mandato impopular devido à proposta do teto de gastos e a reforma previdenciária, que deve ser enviada ao Congresso Nacional em dezembro.
"Às vezes, me dizem: "Mas, Temer, você vai ficar muito impopular. Eu não me incomodo. Se eu ficar impopular, mas daqui a dois anos as pessoas perceberem que o país entrou nos trilhos, eu me dou por satisfeito", disse.
Nesta quinta-feira (10), o Ministério da Saúde firmou parceria com o Ministério de Ciência e Tecnologia para promover uma integração digital nos cadastros do SUS (Sistema Único de Saúde), incluindo a biometria digital para atendimento de pacientes.
O governo federal também anunciou investimento de R$ 654,3 milhões para projetos de pesquisa e de R$ 68 milhões para o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
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