Otimismo com futuro da economia perde força e indica retomada lenta
O otimismo com o futuro da economia perdeu fôlego em outubro, e os indicadores que monitoram a atividade no presente ainda mostram que a esperada retomada da economia não chegou.
A constatação do pesquisador Paulo Picchetti, da FGV, indica que, no início do quarto trimestre, a economia brasileira parece ainda não ter saído do fundo do poço.
"Houve uma acomodação para baixo das expectativas", disse ele, usando como referência o Iace (Indicador Antecedente Composto da Economia).
A queda na expectativa dos empresários da indústria e dos serviços, além do volume exportado, fez o indicador ficar praticamente estável (avanço de 0,1%) após dois meses seguidos de alta.
Entre os seis indicadores que monitoram a atividade presente, três permaneceram em queda: projeção para a produção da indústria em outubro, papelão ondulado (usado em embalagens) e mão de obra ocupada. Três tiveram ligeira melhora: projeção das vendas do varejo, renda e consumo de energia.
"Não vejo fundamentos de mudança em outubro", disse. "A eleição de Donald Trump é a única informação nova para os próximos meses, e ela não é boa."
Com a frustração com os dados recentes, economistas revisaram para baixo o desempenho do PIB de 2016. O indicador de atividade do Banco Central, o IBC-Br, subiu 0,15% em setembro, pouco para compensar as quedas de julho e agosto.
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