Rússia cortará produção de petróleo ante níveis de novembro e dezembro
Hasan Jamali/Associated Press | ||
Opep fechou nesta quarta-feira seu primeiro acordo para corte de produção desde 2008 |
A Rússia planeja cortar a produção de petróleo ante os níveis de novembro e dezembro como parte de seu acordo para estabilizar o mercado global da commodity junto com a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), disse a jornalistas nesta quinta-feira (1) o ministro de Energia do país, Alexander Novak.
O ministro havia afirmado na véspera que a Rússia está pronta para reduzir a produção em até 300 mil barris por dia (bpd) no primeiro semestre de 2017 como parte de seu acordo com a Opep.
"Vai ser a mesma abordagem, um corte igual por todas companhias (russas), mas nós vamos trabalhar mais (nos detalhes)...em geral, há um entendimento de que isso (o corte) deve ser igual em percentuais para todos", disse Novak, sem elaborar.
A Rosneft é a maior produtora de petróleo russa, seguida por Lukoil, Surgutneftegaz e Gazprom Neft. Lukoil e Surgut não responderam a pedidos de comentários da Reuters, enquanto Rosneft e Gazmprom Neft não quiseram comentar.
A produção de petróleo da Rússia atingiu um novo recorde para a era pós-soviética em outubro, ao subir 0,1% ante setembro, para 11,2 milhões de barris por dia.
Novak também disse que Azerbaidjão, Cazaquistão, México, Omã, Bahrein e outros países de fora da Opep podem se juntar ao acordo.
Há expectativa de que outros países da Opep contribuam com um corte de 300 mil bpd, somando-se à Rússia.
ACORDO
Nesta quarta-feira (30), a Opep fechou seu primeiro acordo para corte de produção desde 2008, com a Arábia Saudita aceitando uma redução na sua extração e concordando com o congelamento do bombeamento do rival Irã em níveis pré-sanções.
O objetivo é evitar uma maior depreciação nos preços da commodity, que já recuaram mais de 50% nos últimos dois anos com o excesso de oferta global.
A Opep, que produz um terço do petróleo global, deverá reduzir a produção em cerca de 1,2 milhão de barris por dia a partir de janeiro de 2017, para 32,5 milhões de barris por dia, segundo agências de notícias.
Com o acordo, os preços do petróleo disparam pela segunda sessão consecutiva. O petróleo Brent, negociado em Londres, ganhava 7,43%, a US$ 54,22 o barril, enquanto o petróleo WTI, negociado em Nova York, ganhava 4,23%. a US$ 51,53.
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