Modelo para novos trechos de ferrovia divide governo federal
Eduardo Knapp - 6.jun.08/Folhapress | ||
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Trecho da Ferrovia Norte-Sul, operada pela Vale do Rio Doce, em Araguaína (TO) |
Se de um lado o governo tenta destravar os investimentos na malha antiga do país, a construção de novas ferrovias está num impasse.
Uma parte do governo federal defende licitar separadamente as ferrovias Norte-Sul (Tocantins a São Paulo) e Oeste-Leste (Bahia), enquanto outra quer que os trechos façam parte de uma única concorrência.
A parcela que pretende licitar a Ferrovia Norte-Sul de maneira independente está de olho numa bilionária outorga que poderia ser recebida, já que o trecho está praticamente construído e já poderia entrar em operação rapidamente, gerando caixa para o comprador.
VALE
Nesse formato, a mineradora Vale seria uma grande interessada, já que o trecho termina numa ferrovia já controlada por ela, que segue do Tocantins ao porto de Itaqui, no Maranhão.
Outro grupo no governo quer fazer uma licitação mais ousada, permitindo a quem ganhar a Norte-Sul terminar de construir a iniciada ferrovia na Bahia e ainda ter a opção de construir uma via em direção a Mato Grosso.
A vantagem desse modelo é que o ganhador poderia ter uma saída própria para o porto, sem depender de passar em trechos ferroviários concedidos a concorrentes.
Nesse formato, o negócio interessa a chineses e a russos.
Da decisão sobre o melhor modelo depende a realização desse leilão, previsto pelo governo para o fim deste ano.
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