Petros revisa investimentos e planeja vender participação em empresas
A Fundação Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, anunciou nesta quinta-feira (19) uma revisão em sua política de investimentos para os próximos cinco anos em que o plano PPSP, que acumula deficit bilionário, ampliará aquisição de títulos públicos e venderá participações em empresas.
Segundo a fundação, o Plano Petros, que atende cerca de 76 mil participantes, dos quais 55 mil são assistidos, vai elevar a fatia da renda fixa nos investimentos de 45% para 71% dos ativos no curto a médio prazos, sobretudo com compra de novos títulos públicos.
Enquanto isso, o limite máximo de exposição à renda variável do PPSP foi reduzido de 45% para 35%, "dada a maturidade do plano e a consequente necessidade de aumentar o nível de liquidez", afirmou a fundação em comunicado à imprensa.
Os recursos obtidos com os desinvestimentos na carteira de participações em empresas serão usados na compra de títulos púbicos e na recomposição de caixa, para fazer frente ao aumento das despesas previdenciárias, disse a Petros.
No Plano Petros-2 (PP-2), mais novo, a fatia da renda variável meta deve subir de 8% para 15% dos ativos por meio de operações "que capturem oportunidades de mercado".
Além disso, com a projeção de queda da taxa de juros, a Petros avalia que o PP-2 pode fazer investimentos no exterior, como forma de diversificar risco. O limite para investimentos do PP-2 no exterior será de no máximo 2% dos ativos.
O PP-2 também pretende ampliar exposição ao segmento de imóveis. A alocação atual é de 2,5%, mas tem como meta atingir 3%. O percentual máximo é de 5%.
O Plano Petros tem benefício definido para os participantes, enquanto o PP-2 é regido por lógica de contribuição variável.
"Estamos dinamizando a gestão dos investimentos através da implementação da cultura de 'asset management' na Petros. Precisamos aproveitar as oportunidades de mercado para buscar o maior retorno possível, mas sempre considerando o perfil de cada plano e respeitando os limites de risco que podemos assumir para preservar a segurança do patrimônio dos participantes", afirmou o presidente da Petros, Walter Mendes, no comunicado.
Na nova política, a Petros não deve fazer novos aportes em Fundos de Investimentos em Participações. O teto de alocação neste segmento foi reduzido de 8% para 4%, no caso do PP-2, e de 10% para 7% no caso do Plano Petros, "numa perspectiva de redução compatível com as condições de mercado".
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