Petrobras inclui fatia na Braskem em plano de venda de ativos e parcerias
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Planta da petroquímica Braskem, em Triunfo (RS) |
A Petrobras incluiu a fatia que possui na Braskem entre os ativos que pretende vender ou fazer parcerias dentro de seu plano de desinvestimentos, informou a estatal nesta segunda-feira (5) durante evento com investidores em São Paulo.
Além disso, a empresa informou que 30 ativos devem ser vendidos até o final do ano, sendo metade deles nos próximos três meses, de acordo com Pedro Parente, presidente da estatal.
"Como está no nosso plano estratégico a saída dos ativos do segmento petroquímico, então a Braskem faz parte, é um dos ativos do segmento petroquímico, e faz parte do plano de parcerias em desinvestimento", afirma Ivan Monteiro, diretor executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores da estatal.
A petroleira tem 36,1% do capital total da Braskem e 47% do votante. A Petrobras tem como sócia na empresa o grupo Odebrecht, com 38,3% do capital e controlador da companhia, com 50,1% do capital votante. O BNDES é dono de 0,5%, e o restante é negociado em Bolsa de Valores.
Entre os ativos que serão vendidos até o final do ano está a refinaria de Pasadena. No final de maio, Parente afirmou que já houve interesse pela refinaria, mas a venda depende ainda de aprovação do TCU (Tribunal de Contas da União).
Monteiro também abordou a possibilidade de uma oferta pública de ações da BR Distribuidora, outro ativo que a estatal quer vender. "Houve uma recuperação muito forte no mercado de renda variável no Brasil, tem despertado a atenção dos investidores, tivemos uma série de operações e sabemos que tem uma série de operações em andamento, sendo arquivadas na CVM (Comissão de Valores Mobiliários)", diz.
"O que posso dizer é que nossa equipe tem a obrigação de apresentar essas alternativas, e isso será feito no momento adequado, se tiver a aquiescência da diretoria executiva e do conselho de administração", ressalta.
O plano de desinvestimento da Petrobras no período de 2017 a 2021 prevê a venda de ativos que gerem US$ 21 bilhões.
Além da petroquímica, a estatal quer vender a BR Distribuidora, a Liquigás, empresas do setor de biocombustíveis, entre outras, para reduzir seu endividamento.
A meta da empresa é diminuir a relação dívida líquida/ebitda (medida de geração de caixa) de 5,1 em 2015 para 2,5 em 2018. No primeiro trimestre do ano, essa relação era de 3,2.
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