Bolsa volta a 62 mil pontos com notícias do Senado
O mercado financeiro recebeu com otimismo a saída de Renan Calheiros da liderança do PMDB do Senado. O afastamento do opositor do opositor de Michel Temer abriria espaço para a aprovação das reformas, como a trabalhista e da Previdência, vistas como mais importantes que a manutenção do presidente pelos investidores.
O Ibovespa avançou 0,55%, a 62.017 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,6 bilhões.
Os ganhos, no entanto, foram limitados pela expectativa da votação da reforma trabalhista na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Até o fechamento do mercado, senadores da comissão ainda não haviam votado o texto, que deve ir a plenário na próxima semana.
"Se o texto não passar na CCJ, será bastante negativo, mostrará a dificuldade do governo em agregar a base", afirmou mais cedo o sócio da assessoria de investimentos Criteria Investimentos, Vitor Miziara.
A alta do Ibovespa foi apoiada na valorização da Vale. A mineradora aprovou em assembleia a pulverização de capital da companhia, hoje controlada pela Bradespar (do Bradesco) e por fundos de pensão estatais.
Os papéis preferenciais se valorizaram 2,02%, a R$ 26,75, enquanto os ordinários subiram 3,11%, a R$ 28,79. A Bradespar ganhou 4,04%.
A Petrobras mais uma vez não conseguiu acompanhar a valorização do petróleo no mercado internacional. O combustível enfileirou quinto dia consecutivo de alta.
As ações preferenciais recuaram 1,06%, a R$ 12,08, enquanto as ordinárias cederam 0,84%, para R$ 12,88.
Kroton e Estácio, que aguardavam para esta quarta a decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre a fusão, tiveram desempenho divergente. Os papéis da Kroton subiram 5,67%, a R$ 14,16, enquanto a Estácio perdeu 0,67%, a R$ 14,70.
No exterior, as Bolsas americanas também fecharam em alta. O índice Dow Jones subiu 0,68%, o S&P 500, 0,88%. Nasdaq ganhou 1,43%.
DÓLAR
A moeda americana recuou para abaixo dos R$ 3,30 também com a relativa trégua na crise política, devido à saída de Calheiros.
"Notícias como essa (do Renan) vão acalmando o mercado, elevam as chances de as reformas serem aprovadas", afirmou o gerente de tesouraria do banco Confidence, Felipe Pellegrini.
O dólar comercial terminou o dia em queda de 1,05%, a R$ 3,2840. O dólar à vista (que fecha mais cedo) recuou 0,79%, a R$ 3,3005.
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Atualizado em 25/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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