Em crise, JBS propõe aumentar salário de administradores em até R$ 10 mi
BBC/Brasil | ||
Em crise, JBS propõe aumentar salários de administradores em até R$ 10 milhões |
Apesar da crise gerada pela delação de seus controladores, a JBS propôs a seus acionistas um aumento de R$ 10 milhões na verba destinada à remuneração de seus administradores em 2017, que foi definida em R$ 17 milhões em assembleia realizada no dia 30 de abril.
A proposta foi incluída entre as matérias que serão votadas em assembleia que será realizada no próximo dia 1º de setembro. O encontro foi pedido pelo BNDESPar, braço de participações do BNDES, para pedir investigação sobre os controladores da companhia.
O aumento seria dado apenas para os conselheiros de administração: a cifra destinada a eles subiria de R$ 2,59 milhões para um total de R$ 14,6 milhões no ano —ou cerca de R$ 1,6 milhão por conselheiro. No ano passado, a remuneração global dos conselheiros foi de R$ 2,040 milhões, ou cerca de R$ 290 mil para cada.
O conselho de administração da JBS é formado hoje por nove membros, entre eles Wesley Batista e José Batista Sobrinho, da família fundadora da companhia.
É presidido por Tarek Mohamed Farah, que também participa da administração da Alpargatas, vendida pela JBS para a Cambuhy no final de julho.
A JBS justifica a proposta de aumento com "as substanciais transformações ocorridas na realidade empresarial da companhia no presente exercício de 2017".
"Nesse sentido, a companhia vem implementando uma série de mudanças em sua administração", diz, em texto entregue à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), citando novas atribuições que os conselheiros terão, como "liderar o processo de transformação e aprimoramento dos níveis de governança".
"Ao mesmo tempo em que serão reforçadas as medidas de governança corporativa e compliance, haverá um aumento na frequência de reuniões", continua o texto, concluindo que a remuneração atual não condiz com "o cenário desafiador ao qual a companhia está atualmente exposta".
A JBS divulgou na segunda uma queda de 80% em seu lucro, para R$ 309,8 milhões.
Nesta segunda, ao divulgar o seu balanço, o BNDES anunciou que optou por não realizar a revisão do valor das ações da JBS, o chamado "teste de impairment", diante da grande volatilidade ainda provocada pelas delações.
No documento publicado em sua página, o BNDES diz ainda que votará contra o aumento dos administradores, alegando que a proposta "carece de informações suficientes que justifiquem o substancial incremento de remuneração, não estando em linha com os princípios da transparência".
A JBS afirma que não vai comentar manifestações de qualquer acionista antes da assembleia geral.
Em nota, limitou-se a dizer que "a administração da companhia está trabalhado intensamente na adoção de diversas medidas sempre no melhor interesse da JBS e de seus acionistas" e que as decisões do conselho foram tomadas por unanimidade".
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