Alimentos caem pelo 4º mês seguido e compensam disparada do combustível
Os preços dos alimentos caíram pelo quarto mês vez consecutivo e ajudaram a conter o impacto da disparada dos combustíveis na inflação.
O IPCA, a inflação oficial do país, subiu 0,19% em agosto, após alta de 0,24% no mês anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (6).
No acumulado de 12 meses até agosto, o IPCA teve alta de 2,46%, a menor variação acumulada em 12 meses desde fevereiro de 1999 (2,24%). Com isso, nota-se a desaceleração do índice comparando com o resultado de 2,71% observado no acumulado até julho.
Inflação - Variação do IPCA, em %
Assim, o índice foi ainda mais abaixo do piso da meta oficial de inflação para este ano, de 4,5% com margem de 1,5 ponto percentual.
Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,31%o em agosto, acumulando em 12 meses avanço de 2,60%. O resultado final ficou abaixo até mesmo das expectativas mais baixas no levantamento.
De acordo com o IBGE, o início da colheita da safra agrícola recorde derrubou os preços dos principais alimentos que fazem parte da mesa dos brasileiros e fez o grupo cair 1,07% no mês. Entre os itens que tiveram maior impacto estão feijão carioca (-14,86%), tomate (-13,85%), açúcar cristal (-5,90%), leite longa vida (-4,26%), frutas (-2,57%) e carnes (-1,75%).
Em 12 meses, a alimentação no domicílio acumula queda de 5,19%. Já a fora de casa, no mesmo período, tem alta de 4,28%.
Por outro lado, o grupo Transportes subiu 1,53% em agosto, principalmente por causa da dispara no preço dos combustíveis (6,67%). O litro do etanol ficou 5,71% no mês, enquanto a gasolina, afetada pela nova política de preços da Petrobras e do aumento na alíquota de PIS/Cofins, subiu 7,19%.
Os números indicam que enquanto o combustível, com aumento de 6,67% nos preços, teve impacto de 0,32 ponto percentual no índice, a alimentação em queda ajudou a compensar com -0,27 ponto percentual.
"Dentro do período de coleta do IPCA de agosto, foram anunciados 19 reajustes de preços da gasolina", informou o instituto.
Passagens aéreas ficaram 15,16% mais baratas.
COMBUSTÍVEL MAIS CARO
Em julho, o governo elevou as alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis para fortalecer o caixa e reduzir o rombo nas contas públicas.
A maior parte da arrecadação extra com a alta do PIS/Cofins virá da gasolina, cuja alíquota foi dobrada e passou a ser R$ 0,41 por litro maior.
No caso do diesel, o aumento foi de R$ 0,21 por litro.
Com pressão do setor, o governo decidiu rever parte do reajuste na alíquota de PIS/Cofins do etanol, o que reduzirá o aumento do imposto por litro em R$ 0,08.
Em vez de o combustível ficar R$ 0,32 mais caro por litro, como anunciado inicialmente, a alta foi de R$ 0,24.
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