Oferta de ações da BR Distribuidora terá preço indicativo de R$ 15 a R$ 19
A Petrobras calcula que as ações da BR Distribuidora serão vendidas no mercado a um preço entre R$ 15 e R$ 19, cada uma. Considerando o valor intermediário, de R$ 17, a arrecadação da companhia com a operação poderá chegar a R$ 6,515 bilhões.
As projeções foram divulgadas nesta quarta (22), em prospecto da operação apresentado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A venda de ações da BR é parte do plano de desinvestimentos da estatal, com o qual a empresa espera arrecadar US$ 21 bilhões até o final de 2018.
No prospecto, a Petrobras admite vender entre 25% e 33,75% do capital da subsidiária, que é líder no mercado brasileiro de combustíveis. A fatia maior inclui a oferta inicial, mais lotes secundário e adicional, que serão lançados de acordo com o apetite dos investidores.
Considerando que os papéis saiam a R$ 17, a arrecadação da estatal será de R$ 4,826 bilhões caso a oferta se limite a 25% do capital (ou 291,2 milhões de ações). Se chegar a 33,75% do capital (ou 393,2 milhões de ações), a receita da empresa será de R$ 6,515 bilhões.
A Petrobras ressalta, porém, que o preço das ações pode ficar abaixo ou acima da faixa prevista no documento, dependendo da resposta dos investidores.
A previsão é que a operação seja realizada em dezembro. O valor de venda das ações será fixado após um procedimento de coleta das intenções de compra por investidores no Brasil e no exterior.
Para investidores não institucionais, o período de reserva vai ocorrer entre 29 de novembro e 12 de dezembro. A eles, será reservada uma faixa entre 10% e 20% das ações oferecidas ao mercado.
A venda de ações da BR é vista pelo mercado como uma das principais operações do plano de desinvestimentos da companhia, que ainda não teve nenhum negócio fechado após a mudança no modelo de venda determinado pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
A oferta foi aprovada pelo conselho de administração da estatal em julho. O objetivo é que a subsidiária seja listada no Novo Mercado, segmento de regras de governança mais rígidas da Bolsa.
A Petrobras voltou a considerar abrir o capital da BR Distribuidora neste ano, com a recuperação da Bolsa. A possibilidade havia sido descartada no ano passado, quando a empresa passou a estudar vender o controle da subsidiária para um parceiro estratégico.
Nos primeiro nove meses de 2017, a BR Distribuidora reverteu uma série de prejuízos e registrou lucro de R$ 620 milhões, contra perdas de R$ 367 milhões no mesmo período do ano anterior.
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