Usiminas mantém reajuste de 25% em aço vendido a montadoras em 2018
Antônio Gaudério - 8.set.2006/Folhapress | ||
Produção de aço em siderúrgica no Rio |
A Usiminas mantém intenção de reajustar em 25% os preços de aços vendidos para montadoras de veículos do Brasil em 2018 e espera concluir as negociações na segunda quinzena de dezembro, afirmou o presidente da companhia, Sergio Leite, a analistas e investidores nesta quarta-feira (22).
"Estamos negociando com montadoras para trazer os preços para o mesmo patamar da distribuição", disse o presidente da Usiminas.
Ele acrescentou que a Usiminas vê cenário de estabilidade de preços nos próximos meses para os distribuidores de aço do país, após reajustes de cerca de 30% no acumulado deste ano.
As montadoras de veículos consomem cerca de 30% da produção da Usiminas e acertam contratos anuais de fornecimento com a siderúrgica.
A produção de veículos do Brasil subiu 28,5% de janeiro a outubro sobre o mesmo período do ano passado, e a expectativa citada por Leite é de crescimento para 2018.
A companhia segue trabalhando no orçamento para 2018 e por isso não divulgou durante o encontro com analistas e investidores projeção de investimento para o próximo ano. Para 2017, a expectativa é de aplicação de cerca de R$ 200 milhões.
Segundo o executivo, se a economia brasileira apresentar um crescimento acima de 2,5% para o próximo ano, como está sendo previsto pelo relatório Focus, do Banco Central, a Usiminas poderá pensar em iniciar estudos para a reativação da produção de aço na usina paulista de Cubatão. Porém Leite afirmou que "nada deve acontecer antes de 2020".
A Usiminas desativou a produção de aço em Cubatão em 2016 com expectativa de manter apenas as atividades de laminação da usina por pelo menos cinco anos.
A usina de Cubatão está laminando placas de aço compradas de Ternium Brasil, antiga Companhia Siderúrgica do Atlântico, no Rio de Janeiro, e da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará.
Leite afirmou que a Usiminas compra 100 mil toneladas de placas da Ternium Brasil por mês e pelo menos 35 mil toneladas da CSP por trimestre.
O executivo não deu detalhes sobre a rentabilidade da operação de Cubatão, mas afirmou que a usina gerou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em todos os meses deste ano.
Já a usina em Ipatinga (MG) deverá religar alto-forno 1 em abril do próximo ano, o que permitirá à empresa adicionar produção de 600 mil toneladas de placas por ano.
"Temos mais de 400 clientes e esperamos que todos eles voltem a apresentar crescimento em 2018", disse Leite.
Questionado quando a Usiminas voltará a pagar dividendos aos acionistas, o vice-presidente financeiro da siderúrgica, Ronald Seckelmann, comentou que em 2018 não haverá pagamentos relevantes e que a empresa espera retomar a distribuição de lucro aos investidores em 2019.
Por enquanto, a prioridade é reduzir o custo da dívida que empresa renegociou com bancos no final de agosto.
"Queremos sair dessa renegociação de dívida rápida. É uma dívida cara, de três pontos acima do CDI", disse Seckelmann durante o encontro com analistas e investidores.
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