Setor de tecnologia deixa para trás a era dos armazéns
Sam Hodgson/The New York Times | ||
Lobby de edifício centenário que abriga as empresas de tecnologia Roku e VTS, em Nova York |
Empresas americanas de tecnologia sediadas em velhos armazéns e edifícios de escritórios convertidos em lofts começam a ser coisa do passado. Agora, mais maduras, muitas delas estão em busca de novos edifícios de escritórios de primeira linha.
Por trás dessa procura estão o interesse por um espaço que permita que a empresa se expanda e a busca por conforto para os funcionários como fácil acesso a transporte coletivo e restaurantes.
"As companhias de tecnologia foram pioneiras da ideia de ocupar espaços bacanas e criativos, mas elas representam uma porcentagem maior de nossas locações a cada ano", disse Nadeem Meghji, diretor de operações imobiliárias norte-americanas do grupo Blackstone, que é dono de 4,5 milhões de m² de escritórios nos Estados Unidos.
Inquilinos dos setores de tecnologia, criação e mídia alugaram o equivalente a 22% do espaço imobiliário de primeira linha alugado nos EUA no período de 12 meses encerrado em março. O número representa alta de 7% ante o período anterior e só é inferior ao do setor de bancos e serviços financeiros.
Transações imobiliárias notáveis de empresas de tecnologia incluem o contrato do Facebook para alugar 40 mil m² em um nova torre residencial e de escritórios em San Francisco e a locação de 35 mil m² pelo Spotify no 4 World Trade Center em Manhattan, em Nova York.
Agora, companhias de todos os setores (não só de tecnologia) exigem os elementos de design que costumam ser comuns nos armazéns convertidos: planos abertos, luz natural e tetos expostos.
Somado à proximidade de opções de transporte coletivo e outros confortos, o layout de um escritório é considerado como uma ferramenta importante para recrutar e reter trabalhadores
Os incorporadores imobiliários estão tentando atender aos inquilinos com edifícios novos e remodelados, especialmente edifícios de escritórios modernos construídos nos anos 1980 e mais tarde.
A proximidade com polos de transportes coletivo, lojas e restaurantes é crucial, mas recursos adicionais dentro dos edifícios como cafés, academias de ginástica, áreas de lazer e, claro, as proverbiais mesas de pingue-pongue também importam.
E é mais provável que inquilinos encontrem esses recursos em edifícios de escritórios novos e remodelados, disse Stuart Williams, diretor da Jones Lang LaSalle, corretora de imóveis comerciais.
A renovação de um centenário na rua 41 em Manhattan, pela Blackstone, inclui um café, mesa de bilhar, área de repouso com sofás, e quatro telões no saguão. Inquilinos do ramo tecnológico como a Roku e a VTS, uma plataforma de locação e gestão de ativos imobiliários, já fecharam contratos com os proprietários do edifício.
"Estamos criando uma atmosfera de diversão, fitness e culinária, porque é isso que os inquilinos procuram", disse Meghji. "O papel dos senhorios evoluiu: hoje, é o de prover uma experiência."
Tradução de PAULO MIGLIACCI
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 26/04/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +1,50% | 126.526 | (17h38) |
Dolar Com. | -0,93% | R$ 5,1156 | (17h00) |
Euro | -1,26% | R$ 5,4711 | (17h30) |