Fundo de shopping dá lucro e deve manter tendência com retomada
Alberto Rocha/Folhapress | ||
Decoração de Natal no Shopping Morumbi |
O mercado imobiliário foi um dos destaques de investimentos na última década.
Segundo o índice Fipe Zap, os preços médios dos imóveis residenciais no país subiram 29,4% entre junho de 2012 e novembro de 2017. No mesmo período, o índice de fundos de investimentos imobiliários (Ifix) se valorizou em 55,3%.
Mas, surpreenda-se, a média dos fundos imobiliários de shopping centers negociados na B3 (antiga BMFBovespa) se valorizou em 147,9% no mesmo intervalo.
Desde o fim de 2010 até o dia 7 deste mês, a média dos fundos imobiliários negociados na B3 se valorizou em 185%, ante 120% do Ifix. Nesse mesmo período o CDI subiu 105%. Com essa valorização em excesso, você pode se perguntar se ainda há espaço para novas altas. Abaixo explico o que motivaria a continuação dessa tendência.
Segundo relatório da consultoria Cushman & Wakefield, o setor de shoppings deve continuar se favorecendo por dois motivos: redução da vacância e a elevação das vendas e do fluxo de clientes.
A retomada da economia, aliada aos juros mais baixos, deve impulsionar o empreendedorismo e favorecer o setor com a redução da vacância ocorrida durante os anos de recessão econômica. Destaca-se que a vacância do setor de shoppings é uma das mais baixas do segmento imobiliário. Segundo a Cushman & Wakefield, no auge da crise, a vacância média atingiu 5,1%.
As vendas em shopping centers vêm crescendo a taxas mais altas que a da economia desde 2000. Esse crescimento atrai novos lojistas e facilita a renegociação de aluguéis, que deve ser favorecida com o maior interesse de empreendedores.
Somado ao potencial de valorização, os FIIs de shoppings têm pago dividendos mensais isentos de IR que são próximos do CDI e acima do que se recebe em aluguéis residenciais. O aluguel de imóveis residenciais tem a desvantagem de ser tributado. Segundo o Fipe Zap, a taxa média de aluguel residencial no Brasil se encontra por volta de metade da taxa do CDI, ou seja, metade do dividendo dos FIIs de shoppings.
Apesar do potencial, o investimento no mercado imobiliário é de risco, pois se enquadra na classificação de renda variável. Portanto, a decisão de investimento deve considerar o perfil de risco e a adequada exposição dentro de um portfólio de investimentos diversificados.
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