Chinês ataca embaixada japonesa em Seul por avó escrava sexual
Um chinês que foi preso neste domingo pela polícia da Coreia do Sul afirmou que lançou explosivos caseiros contra a embaixada do Japão em Seul porque sua avó foi forçada a se prostituir pelas forças de ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial.
O homem de 38 anos atirou quatro coquetéis molotov neste domingo contra a embaixada japonesa na capital sul-coreana, atingindo as paredes de fora do prédio, segundo um investigador do incidente.
O suposto agressor "foi preso imediatamente. A investigação está em curso para determinar os motivos da ação", afirmou o funcionário, acrescentando que não houve vítimas.
O chinês é proveniente da província de Guangzhu, no sul da China, e ingressou na Coreia do Sul em dezembro pelo Japão com um visto de turista, de acordo com a polícia local.
Segundo uma agência de notícias sul-coreana, o acusado afirmou à polícia que sua avó foi "uma mulher da vida", indicando que ela fez parte do grupo de mulheres que serviram como escravas sexuais aos soldados japoneses entre 1939 e 1945.
Historiadores estimam que 200 mil mulheres foram obrigadas a trabalhar em bordéis militares japoneses de campanha, principalmente na China, na Coreia e nas Filipinas. O fato veio à tona somente nos anos 90, quando as vítimas tiveram coragem de denunciar os abusos.
O Japão pediu desculpas pelos crimes de seu Exército contra as mulheres.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis