Presidente do Fed pede elevação do teto da dívida a Congresso dos EUA
O presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, reafirmou nesta segunda (14) seu pedido ao Congresso para que eleve o limite do endividamento público, objeto de um duro debate entre democratas e republicanos.
"É muito, muito importante que o Congresso adote as medidas necessárias para se evitar que o governo fique sem a capacidade de honrar seus pagamentos", declarou Bernanke em discurso pronunciado na Universidade de Michigan.
O Tesouro norte-americano afirma que o país chegou ao limite de seu endividamento, de US$ 16,394 trilhões, em 31 de dezembro e agora está fazendo uso de medidas especiais para permitir que o governo cumpra suas obrigações financeiras.
Diante da falta de um acordo entre democratas e republicanos, os Estados Unidos enfrentam o risco de "default" sem a elevação do teto da dívida.
Apesar de um acordo ter sido costurado para evitar o chamado abismo fiscal, parlamentares ainda precisam navegar o limite da dívida e elaborar um acordo sobre drásticos cortes de gastos automáticos que foram adiados para 1º de março.
"Não saímos do perigo porque estamos nos aproximando de uma série de outros obstáculos fiscais críticos", alertou o chairman do Fed.
"Elevar o limite do endividamento simplesmente permite que o governo honre seus atuais compromissos. Isto não criará novos gastos", destacou Bernanke na escola de Políticas Públicas Gerald Ford da Universidade de Michigan.
O presidente americano, Barack Obama, já havia pedido nesta segunda-feira aos republicanos, que controlam a Câmara dos Representantes, a aceitar um compromisso sobre a dívida com o objetivo de "evitar uma nova crise econômica".
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