Jornal britânico pede desculpas por charge contra premiê de Israel
O jornal "The Sunday Times" pediu desculpas a líderes judaicos nesta terça-feira por uma charge no último domingo em tom crítico à atuação de Israel para isolar territórios palestinos.
O desenho de Gerald Scarfe mostra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, construindo um muro. Entre os tijolos, aparecem cadáveres de palestinos. Abaixo, a legenda "Eleições israelenses".
O chargista ilustrou o cimento em vermelho-sangue. A construção é uma referência ao chamado Muro da Cisjordânia, erguido por Israel com a justificativa oficial de proteger colonos judeus.
A charge foi publicada no Dia do Holocausto, que lembra o extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial, e motivou protestos no Reino Unido.
Na tarde desta terça-feira, o editor em exercício do "Sunday Times", Martin Ivens, recebeu líderes judaicos na redação e pediu desculpas pelo episódio.
Ele classificou como "indesculpável" o fato de o desenho ter sido publicado na data que lembra o extermínio de judeus na Segunda Guerra.
Na segunda-feira, o dono do grupo de mídia que publica o "Sunday Times", Rupert Murdoch, pediu desculpas no Twitter e classificou a charge como "grotesca" e "ofensiva".
Nos últimos anos, a publicação de charges que retratam o profeta Maomé em jornais europeus tem motivado protestos violentos em países islâmicos.
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