Bulgária acusa Hizbollah de realizar ataque que matou seis em julho
Uma investigação realizada pelo governo da Bulgária concluiu que o movimento radical libanês Hizbollah foi o responsável pela realização de um atentado com um homem-bomba contra um ônibus, na cidade de Burgas, que matou cinco turistas israelenses e o motorista búlgaro, em julho último. A conclusão do inquérito foi apresentada nesta terça-feira.
De acordo com informações do ministro do Interior, Tsvetan Tsvetanov, três pessoas estiveram envolvidas no ataque, sendo duas que portavam passaportes da Austrália e do Canadá. As duas, ainda conforme Tsvetanov, viviam no Líbano --uma desde 2006, a outra desde 2010. Todos os envolvidos portavam falsas carteiras de habilitação americanas, impressas no Líbano.
"Há dados que demonstram conexão financeira entre o Hizbollah e os dois suspeitos", disse. "O que pode ser estabelecido como uma suposição bem fundamentada é que as duas pessoas cujas reais identidades foram determinadas pertenciam à ala militar do Hizbollah."
Stoyan Nenov-19.jul.12/Reuters | ||
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Ônibus que foi alvo de homem-bomba é transportado por caminhão, em Burgas, na Bulgária |
Israel culpou o governo do Irã e o Hizbollah pelo ataque. O Irã nega responsabilidade e acusa o arqui-inimigo Israel de planejar e executar o ataque. O Hizbollah, que é considerado pelos EUA uma organização terrorista desde os anos 1990, não se manifestou publicamente sobre o episódio.
Integrante da UE (União Europeia) e da Otan (aliança militar ocidental), a Bulgária afirmou repetidamente que o ataque foi planejado no exterior e executado por estrangeiros.
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, comemorou o resultado da investigação e acusou o Hizbollah, que integra o governo libanês, e seu aliado, o governo iraniano, de realizarem uma "campanha de terror global".
"O ataque em Burgas foi um ataque em solo europeu contra um membro da União Europeia. Esperamos que os europeus tirem as conclusões necessárias sobre a verdadeira natureza do Hizbollah", afirmou.
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