Chefe do Pentágono diz que EUA cogitaram fornecer armas a rebeldes sírios
O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, afirmou a líderes do Congresso nesta quinta (7) que o Pentágono apoiou um plano para fornecer armas aos insurgentes sírios, elaborado pelo então diretor da CIA, David Petraeus, e chancelado pela secretária de Estado na época, Hillary Clinton.
O plano foi rechaçado pela Casa Branca, no entanto, por receio de se envolver excessivamente na guerra civil síria. Obama, na época ainda candidato à reeleição, restringiu a ajuda aos rebeldes a material não letal, contrariando recomendações de muitos dos seus conselheiros mais próximos.
Os insurgentes, que lutam há quase dois anos quanto as tropas do regime de Bashar Assad, têm recebido armas de países como Qatar e Arábia Saudita, mas têm pouco poder de fogo em relação às tropas leais a Damasco. Segundo a ONU, o conflito já provocou mais de 60 mil mortes e forçou o deslocamento de mais de meio bilhão de refugiados.
A declaração de Panetta foi dada durante seu depoimento a uma comissão de parlamentares, juntamente com o general Martin Dempsey, chefe do Estado Maior.
O plano de ajuda aos guerrilheiros havia sido noticiado pelo jornal "The New York Times" no dia 2. De acordo com a publicação o plano seria reconsiderado após as eleições, mas a renúncia de Petraeus, devido à descoberta de um caso extraconjugal que mantinha, e uma concussão que afastou Clinton do trabalho durante semanas, engavetou a proposta.
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