Coreia do Sul diz que não detectou radiação após teste norte-coreano
O governo da Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira que não detectou mudanças nos níveis de radiação de seu território nem substâncias que poderiam fornecer informações a respeito do teste nuclear feito pela Coreia do Norte, na última terça-feira (12).
"Dois dias após o teste nuclear da Coreia do Norte, concluímos a análise de oito amostras, mas, por enquanto, não descobrimos isótopos radioativos", disse nesta quinta-feira a Comissão de Segurança Nuclear sul-coreana à agência de notícias local Yonhap.
Segundo os especialistas, os materiais radioativos podem levar dias para chegar à fronteira intercoreana no paralelo 38, área onde a Comissão de Segurança Nuclear sul-coreana está recolhendo amostras de ar.
A Coreia do Norte confirmou na última terça-feira a realização do teste nuclear na base de Punggye-ri, no nordeste do país, porém a única evidência detectada no exterior foi um terremoto de origem artificial, de aproximadamente 5 graus na escala Richter, que supostamente correspondeu à detonação.
Caso a explosão tenha utilizado urânio altamente enriquecido, serão confirmados os temores da Coreia do Sul e dos EUA de que o país comunista esteja desenvolvendo uma nova --e talvez mais perigosa-- via de produzir armas nucleares.
Enquanto as autoridades sul-coreanas tratam de confirmar a natureza do teste norte-coreano, fontes do Ministério da Unificação descartaram uma mudança nas políticas de Seul em relação à Coreia do Norte, apesar de uma crescente minoria conservadora pedir a adoção de uma linha mais dura.
Uma autoridade anônima do Ministério comentou a Yonhap que Seul vai continuar buscando negociações para a desnuclearização do país comunista, ao invés de reconhecer seu status de potência nuclear e começar a desenvolver seu próprio arsenal atômico, como reivindicam alguns grupos.
O teste nuclear da Coreia do Norte, o terceiro depois dos realizados em 2006 e 2009, gerou uma onda de reprovações na comunidade internacional, e espera-se que os EUA, a Coreia do Sul e a ONU imponham novas sanções ao regime de Kim Jong-un.
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