Vaticano admite ter grampeado funcionários
O Vaticano confirmou ter grampeado alguns funcionários em telefonemas, e-mails e durante encontros mantidos na sede da igreja, mas com ordem judicial e restrita a poucos casos. Isso teria ocorrido no contexto da investigação do Vatileaks, o vazamento de papéis do papa.
Após denúncia publicada na revista italiana "Panorama", o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, admitiu anteontem que houve um esquema de vigilância no último ano no Vaticano, mas "não na dimensão descrita" pela reportagem.
"No contexto do Vatileaks, algumas interceptações e checagens foram autorizadas pela magistratura do Vaticano", disse.
Foram as investigações da magistratura que levaram à acusação contra o ex-mordomo de Bento 16, Paolo Gabriele, acusado de vazar correspondências confidenciais do agora papa emérito.
Segundo a "Panorama", a ordem para os grampos teria vindo do camerlengo Tarcisio Bertone, que ocupa desde anteontem e até a eleição do novo papa, o cargo de "chefe de Estado" do Vaticano.
O grampeamento, "uma colossal vigilância de hábitos, amizades e encontros", teria começado em setembro de 2012.
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