Combates em Aleppo matam 200 em uma semana, diz grupo opositor
Pelo menos 200 pessoas morreram nesta semana na disputa pelo controle de uma academia militar na Província de Aleppo, no norte da Síria. A informação foi divulgada neste domingo pelo grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos.
De acordo com o presidente do grupo, Rami Abdel Rahman, disse que, dentre os mortos, estão 120 soldados aliados ao ditador Bashar Assad e 80 insurgentes. Eles participavam das forças que tentavam dominar a academia de Khan al Asal, onde há confrontos desde o último domingo (24).
Os combates aconteceram após uma ofensiva de diversos grupos de rebeldes sírios, incluindo o Exército Sírio Livre e integrantes da Jabhat al Nusra, grupo vinculado à rede terrorista Al Qaeda que combate entre os insurgentes.
Os rebeldes voltaram a dizer neste domingo que tomaram o controle da área, como anunciado quatro vezes nesta semana. O regime sírio não comentou sobre o incidente. As informações não podem ser confirmadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime sírio aos jornalistas internacionais.
Além dos confrontos em Aleppo, o Observatório Sírio de Direitos Humanos diz que os rebeldes também tomaram uma prisão na Província de Raqaa, no leste do país, liberando centenas de presos políticos e criminosos comuns.
Desde o início da revolta, em março de 2011, mais de 70 mil pessoas morreram em confrontos entre o governo e a oposição na Síria, segundo a ONU. Outros 5 milhões de sírios precisam de ajuda humanitária. Dentre eles, os 2 milhões de refugiados internos e os 875 mil que buscaram refúgio em países vizinhos.
HIZBOLLAH
Neste domingo, o grupo armado Exército Livre Sírio pediu o envio de uma força de paz da Liga Árabe para a região de fronteira do país com o Líbano. Eles acusam o grupo radical islâmico Hizbollah de querer lançar um ataque contra os insurgentes sírios.
Em comunicado, a entidade diz que a milícia libanesa preparou combatentes para "uma guerra armada de milícias armadas contra o povo sírio". Os rebeldes ainda pediram reunião urgente da Liga Árabe e da ONU sobre o plano.
O Hizbollah não comentou as acusações. O grupo libanês, que comanda o governo do vizinho sírio, apoia o regime de Bashar Assad, embora não tenha interferido nos conflitos na Síria.
Na quarta (27), o líder do grupo, Hassan Nasrallah, defendeu o direito dos habitantes de zonas fronteiriças de responder a ataques vindos de território sírio, os quais constantemente atingem o lado libanês da fronteira.
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