Conselho de Segurança da ONU aprova novas sanções contra Coreia do Norte
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou nesta quinta-feira as novas sanções à Coreia do Norte, após a realização de um teste nuclear em fevereiro e o lançamento de um foguete espacial em dezembro.
Em anúncio feito pela embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, foram listadas restrições de viagens, sanções comerciais e medidas que devem isolar ainda mais a Coreia do Norte.
"A Coreia do Norte escolheu o caminho da provocação em vez do caminho da paz", disse Rice, enfatizando que as medidas devem afetar duramente o programa nuclear do país.
Segundo ela, o mundo todo está unido pela diminuição do arsenal nuclear da península coreana, e que novas resoluções podem ser tomadas no caso de outro teste nuclear ou novo lançamento de míssil.
O rascunho de resolução foi feito pelos Estados Unidos e a China e previa sanções a três indivíduos, uma empresa e uma organização. Dentre eles, estão o principal fornecedor de armas e o maior exportador de materiais para mísseis, além do órgão responsável pela produção do armamento.
O texto ainda pede que a Coreia do Norte abra mão do enriquecimento de urânio e dos testes nucleares e que cumpra com o Tratado de Não Proliferação Nuclear, que não foi assinado pelo país. O Conselho de Segurança ainda pede que sejam retomadas as negociações para suspender o programa nuclear.
Nesta quinta, dezenas de milhares de norte-coreanos protestaram em Pyongyang contra as sanções e as atividades militares americanas. Não há informações se o ato foi convocado pelo regime do ditador Kim Jong-un.
AMEAÇA
O governo da Coreia do Norte voltou a ameaçar os Estados Unidos nesta quinta-feira com um "ataque nuclear preventivo". A mensagem foi enviada em meio às discussões no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para aumentar as sanções ao regime comunista.
O anúncio é mais uma tentativa de intimidação aos americanos e aos vizinhos da Coreia do Sul contra as restrições impostas pelas potências ao país.
Os dois exercícios militares norte-coreanos violam resoluções da ONU, que ameaçam com sanções o país se tenta usar a tecnologia de mísseis balísticos ou fazer qualquer tipo de atividade nuclear com fins militares. Pyongyang também ameaçou acabar com o armistício assinado após a Guerra da Coreia, em 1953.
Em comunicado publicado pela agência de notícias KCNA, o regime comunista acusa os Estados Unidos de usar os exercícios militares com a Coreia do Sul como "uma plataforma de lançamento para uma guerra nuclear" e ameaçou acabar o armistício que encerrou o conflito entre as duas Coreias, há 60 anos.
"Uma vez que os Estados Unidos estão prestes a acender uma guerra nuclear, estaremos exercendo nosso direito de ataque nuclear preventivo contra a sede do agressor a fim de proteger o nosso interesse supremo", disse a Chancelaria do regime, na nota.
O governo norte-coreano ainda exige que o Conselho de Segurança da ONU não aprove novas sanções e que os americanos retirem os cerca de 28.500 soldados que estão na península Coreana para terminar o que chama de "estado de guerra" na região.
Apesar do aumento da retórica de Pyongyang, os Estados Unidos e a Coreia do Sul acreditam que o país comunista ainda não tem tecnologia suficiente para fazer um míssil que possa chegar a território americano. No entanto, há a crença de que os norte-coreanos têm combustível suficiente para bombas nucleares.
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