Universidades venezuelanas criam cátedra sobre pensamento de Chávez
Duas universidades estatais venezuelanas, dedicadas à formação de policiais, agentes de segurança e militares, nomearam cátedras dedicadas ao estudo do presidente Hugo Chávez, morto na semana passada em decorrência de um câncer na região pélvica.
Os postos serão dedicados a estudar seu pensamento e seus "sonhos", anunciaram a Universidade Nacional Experimental da Segurança (Unes) e a Universidade Nacional Experimental da Força Armada Nacional (Unefa).
O conteúdo programático da cátedra da Unes Abordará "o pensamento político de Chávez" e pretende "gerar a reflexão de novos alinhamentos em matéria de segurança dos cidadãos, sempre com respeito aos direitos humanos", disse a assessora de imprensa da universidade.
A iniciativa de criar a cátedra partiu da reitora, Soraya El Achkar, que no dia da morte de Chávez disse que a Unes "é claramente e definitivamente chavista".
A universidade foi criada em 2009 com o objetivo de formar policiais e agentes de segurança.
Por outro lado, o reitor da Unefa, Jesús Grogorio González, disse hoje à televisão estatal VTV que a cátedra dedicada a Chávez estudará "o pensamento, a filosofia, a doutrina e os sonhos" de quem dirigiu a Venezuela nos últimos 14 anos.
"Começarão imediatamente [...] oficinas, simpósios, e fóruns; há uma enorme quantidade de material para trabalhar", acrescentou, reforçando que a Unefa forma profissionais com "consciência política para a defesa integral da nação".
A Unefa foi criada a partir de um instituto universitário da década de 1970, mas foi Chávez quem, em 1999, decretou sua transformação em universidade.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis