Restos mortais de Chávez serão levados para Museu da Revolução na sexta
O presidente do Equador, Rafael Correa, e o líder da Bolívia, Evo Morales, vão acompanhar, na sexta-feira, o translado dos restos mortais de Hugo Chávez até o Museu da Revolução, onde o corpo de Chávez ficará embalsamado e poderá ser visitado, informou nesta terça-feira o governo.
Segundo a Telesur, o anúncio foi feito pelo presidente interino, Nicolás Maduro.
Maduro disse ainda que, posteriormente "serão informados os detalhes sobre como será o translado para que nosso povo participe com a bandeira de Simon Bolívar"
Segundo o "El Universal", nesta terça-feira, uma semana após a morte de Chávez, a Assembleia Nacional previa estudar a convocatória de um referendo para reformar a Constituição e levar os restos mortais de Chávez ao Panteão Nacional, junto com os de Simon Bolívar.
O documento estabelece que os restos mortais de um venezuelano para o Panteão só podem ser transferidos após um prazo mínimo de 25 anos após a morte.
INVESTIGAÇÃO
Maduro, anunciou na noite de segunda-feira que o governo vai abrir um inquérito para investigar suspeitas sobre a morte de Chávez, morto na terça (5) após complicações causadas por um câncer na região pélvica.
O governo suspeita de que o câncer do mandatário tenha sido acelerado por envenenamento feito pelo que chamou de inimigos estrangeiros.
A denúncia foi feita horas antes da morte de Chávez pelo próprio Maduro, que comparou o câncer do presidente à morte do líder palestino Iasser Arafat.
Em entrevista à Telesur, ele prometeu pressionar por uma investigação séria. "Vamos buscar a verdade. Temos a intuição de que o nosso comandante foi envenenado por forças obscuras que o queriam fora do caminho."
O presidente interino disse que cientistas estrangeiros serão convidados a participar de uma comissão do governo. O procedimento foi o mesmo usado pelos palestinos em novembro com o corpo de Arafat, após a rede de televisão "Al Jazeera" divulgar suspeitas de que ele teria sido envenenado.
A hipótese de envenenamento de Chávez foi levantada pela primeira vez pelo próprio mandatário, em 2011, quando descobriu a doença. A acusação foi ridicularizada pela oposição e outros críticos do governo, que veem a versão como uma teoria da conspiração.
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