Série de ataques deixa pelo menos 24 mortos no Iraque
Pelo menos 24 pessoas morreram nesta quinta-feira após três explosões na região onde ficam os ministérios da Justiça e das Relações Exteriores do Iraque, na capital Bagdá. A área atingida pelos ataques é próxima à chamada zona verde, que abriga as embaixadas e as sedes do governo.
Segundo autoridades locais, três carros-bomba foram colocados em pontos diferentes do bairro de Allawi, enquanto um terrorista suicida detonou explosivos nas proximidades do Ministério da Justiça. Minutos antes, o prédio foi atacado por homens armados.
Segundo a polícia, os ataques duraram cerca de uma hora, e acabaram quando forças de segurança tomaram o prédio governamental, evacuando centenas de pessoas que tinham se escondido em seus escritórios.
O vice-ministro da Justiça, Busho Ibrahim, disse que havia mais de mil pessoas no prédio de quatro andares no momento do ataque. De acordo com ele, o ministro está fora do país e não estava no edifício.
"Quando as explosões e o tiroteio começaram, os guardas me tiraram por uma porta traseira, e eu não tenho ideia do que aconteceu depois disso", afirmou pelo telefone de fora do Ministério.
Ao menos 50 pessoas ficaram feridas, mas a polícia não descarta que o saldo de mortos possa aumentar devido à gravidade dos ferimentos. Ainda não há informações sobre a autoria das explosões coordenadas.
Os atentados violentos no Iraque são parte da pressão exercida por outras etnias, em especial sunitas, contra o governo liderado pelos xiitas. Insurgentes islâmicos sunitas lançam ataques frequentes, procurando reacender confronto entre a maioria xiita e também com os curdos.
No começo da semana, a Al Qaeda assumiu a responsabilidade pelas mortes de 51 soldados sírios e nove iraquianos em um ataque no oeste do Iraque.
O temor é que se repita o cenário do fim de 2011 e do início de 2012, quando os sunitas realizaram uma ofensiva contra os xiitas devido à ordem de prisão contra o vice-primeiro-ministro, Tariq al Hashemi. As ações aconteceram dias após a saída das tropas americanas do Iraque, em dezembro de 2011.
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