ONG pede auditagem completa para que dúvidas sejam desfeitas
O Observatório Eleitoral Venezuelano (OEV), a principal ONG credenciada para monitorar as votações no país, pediu em comunicado que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) audite 100% dos votos.
"Do ponto de vista político, o OEV considera que [a auditoria] pode aliviar as pressões suscitadas na sociedade geradas por um resultado tão apertado", diz.
Antes, durante a campanha, o OEV já havia lançado notas criticando as condições desiguais de campanha a favor do governo.
"Quando o governo ganhava com 1 milhão ou mais de votos de diferença, a ideia é que irregularidades como voto assistido ou intimidação em centros de votação não seriam suficientes para explicar a vitória. Mas com uma vantagem tão pequena, é importante fazer a auditoria para robustecer o sistema", diz Ignácio Ávalos, do OEV.
O OEV, o Centro Carter e o Wilson Center coincidem que o sistema eleitoral venezuelano tem mecanismos de auditagem que desencorajam fraudes massivas, desde que os lados em disputa tenham testemunhas (fiscais) nas mesas de votação.
Cada voto eletrônico gera um recibo correspondente em papel.
Até 54% das urnas passam pelo cotejo ata eletrônica-recibo físico, por sorteio.
O que a oposição pede agora é que 100% das urnas passem pelo procedimento.
Uma das principais denúncias que os oposicionistas fazem é a de que seus fiscais foram expulsos à força de pelo menos 286 centros de votação, o que poderia afetar quase 200 mil votos. A diferença para a vitória chavista foi de 262 mil votos.
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