Número de mortos em terremoto sobe para 160 na China; há 6.700 feridos
O número de pessoas que morreram em um terremoto de magnitude 7.0 que atingiu o sudoeste da China na manhã deste sábado (20) subiu para 160, segundo as agências de notícias Reuters, Associated Press e a estatal chinesa Xinhua.
Há a confirmação de mais de 6.700 feridos até o momento, 400 deles em estado grave. Segundo o governo local, cerca de 140 mil pessoas terão de ser realocadas após a catástrofe.
Editoria de Arte/Folhapress |
O tremor de terra atingiu a cidade Ya'an, na província de Sichuan, às 8h02 (horário de Pequim, 21h02 de sexta-feira, horário de Brasília).
Ya'an tem 1,53 milhão de habitantes e é conhecida no país como a cidade dos pandas gigantes. Ela fica a 140 km da capital da província de Sichuan, Chengdu, onde o tremor foi sentido pelos habitantes.
Foi o maior terremoto na China desde 12 de maio de 2008, quando um tremor de magnitude 8.0 deixou 87 mil mortos e 375 mil feridos em Wenchuan, cidade que fica no norte da mesma província e a 250 km do local atingido hoje.
A região oeste do país é uma área de frequente atividade sismológica por ficar na zona de atrito das placas indiana e asiática. Nas últimas semanas, vários tremores de menor intensidade causaram dezenas de feridos na província de Yunnan.
RESGATE
O presidente chinês, Xi Jinping, ordenorou que tropas do Exército se deslocassem para o local para empregar "todo o esforço possível" no resgate das vítimas e para ajudar no tratamento dos feridos.
O primeiro-ministro, Li Keqiang, chegou a Ya'an de helicóptero às 18h do horário local e pediu às equipes de resgate que trabalhassem com rapidez. Durante o voo para Sichuan, informou a Xinhua, Keqiang disse que as primeiras 24 horas de resgate eram as mais importantes, "o tempo de ouro para salvar vidas".
Mais de 6.000 soldados foram enviados à região.
Na zona afetada não há luz nem água encanada no momento, muitos edifícios desabaram e estradas estão interrompidas devido aos desmoronamentos --o que dificulta os trabalhos de resgate.
O presidente russo Vladimir Putin enviou um telegrama de pesar a Jinping e disse que o país está preparado para dar "toda a ajuda necessária" à China, informou o Kremlin.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis