Casa onde suspeito de atentado em Boston foi encontrado atrai curiosos
A lancha dos anos 80 coberta de sangue, estacionada no jardim de uma casa em uma rua habitualmente tranquila do subúrbio de Boston, tem atraído moradores e curiosos até o local.
Foi na casa de Dave Henneberry, na rua Franklin --em uma área pacata de Watertown--, que um dos suspeitos de ter cometido os atentados que mataram 3 e feriram mais de 170 pessoas na maratona de Boston, na segunda-feira (25), foi encontrado na noite de sexta.
Djokhar Tsarnaev tentou se esconder no local, mas acabou capturado pela polícia e encontra-se até o momento internado em estado grave de saúde.
EUA podem não conseguir interrogar suspeito, diz prefeito de Boston
Suspeito de atentado em Boston pode ter tentado suicídio, diz canal de TV
Rebeldes do Cáucaso do Norte negam envolvimento em atentado em Boston
Em frente à casa de Henneberry, câmeras de televisão e curiosos se espremiam contra o cordão de isolamento colocado pela polícia no jardim da casa.
O vizinho George Pizzuto contou à rede de televisão ABC como Henneberry descobriu o jovem procurado por milhares de agentes policiais da cidade.
"Ele olhou para o jardim e observou que havia algo estranho em sua lancha. Então pegou sua escada para ir a ver, a colocou de um lado da lancha e subiu. Viu que tinha sangue sobre a lancha e acreditou ver um corpo do lado de dentro. Ele se abaixou rapidamente e chamou a polícia", disse.
Outro vizinho, Greg Turner, ainda estava assustado com o que aconteceu. "As bombas [que explodiram na maratona] já tinham sido um choque, mas o que aconteceu aqui é incrível."
Rebecca Heavey, outra moradora da rua, narra os fatos como se fosse um filme. "Estávamos olhando pela janela e vimos que havia um grupo de policiais muito armados em frente à nossa casa. De repente houve disparos e nos atiramos no chão, mas não sabíamos o que estava acontecendo".
"Olhei pela janela e vi um policial sobre meu carro. Outros, armados, se protegiam atrás do meu carro. Depois um policial viu que estávamos olhando pela janela e nos disse para pegar nossos sapatos e fugir. Foi o que fizemos", conta. "Foi terrível."
Dave Henneberry, o herói do momento, não quer falar com a imprensa e prefere esperar que as coisas se acalmem para voltar à sua casa, onde não encontrará sua lancha. "Essa lancha era sua xodó. Ele cuidava dela com amor. Agora disseram que ela está absolutamente inutilizável. Vai ficar com o coração partido", disse Pizzuto.
Na rede social Facebook, uma campanha foi lançada para comprar uma nova lancha para Dave.
Ed. de arte/Folhapress | ||
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis