Promotor que apura caso de lavagem na Argentina diz ter sofrido ameaça
O promotor Guillermo Marijuán, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro a serviço do casal Kirchner, afirmou que foi ameaçado de morte. "Vamos matar suas filhas", disse ter ouvido Marijuán em um telefonema anônimo.
Após a ameaça, que não é a primeira que diz ter recebido, a Justiça argentina decidiu reforçar sua segurança.
Trata-se de mais um desdobramento do escândalo deflagrado há três semanas pelo programa do jornalista Jorge Lanata, que vai ao ar aos domingos à noite pelo canal 13, do grupo Clarín, crítico da presidente Cristina Kirchner.
Segundo as acusações, a operação envolvia empresários aliados ao governo, os dois membros do casal Kirchner e operadores do mercado financeiro.
O primeiro a veicular as denúncias foi Leonardo Fariña, um ex-testa de ferro de Lázaro Báez.
Báez seria o coordenador do esquema. Ele é um empresário da província de Santa Cruz --terra natal do ex-presidente Néstor Kirchner (1950-2010)--, conhecido por ganhar praticamente todas as licitações de obras públicas do governo.
O escândalo, que mobiliza o noticiário argentino desde então, ganhou novas cores depois que Miriam Quiroga, ex-secretária particular de Néstor, declarou ao programa de Lanata ter visto as "bolsas de dinheiro" que entravam na Casa Rosada.
A presidente Cristina Kirchner, até agora, não se pronunciou sobre o assunto. (SYLVIA COLOMBO)
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