Presidente do Peru nega indulto a Fujimori, que se diz doente
O presidente do Peru, Ollanta Humala, negou nesta sexta-feira a concessão de um indulto humanitário ao ex-presidente Alberto Fujimori ao seguir as recomendações da Comissão de Graças Presidenciais que avaliou o caso.
O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça peruano, Daniel Figallo, em entrevista.
Mais tarde, Humalla concedeu uma entrevista no Palácio de Governo na qual justificou sua decisão. "Aceitei as recomendações pois me pareceram sensatas, lógicas. Me parecem que se apegam na verdade e na justiça", disse.
Pilar Olivares-11.dez.07/Reuters |
Ex-presidente do Peru Alberto Fujimori (1990-2000) durante julgamento por violações aos direitos humanos em Lima |
Fujimori cumpre uma condenação de 25 anos de prisão pela participação no assassinato de 25 pessoas e em dois sequestros durante seu governo (1990-2000), além de penas menores por corrupção.
Em outubro do ano passado, os filhos de Fujimori apresentaram uma solicitação de indulto humanitário a favor de seu pai argumentando que o ex-governante sofria de câncer e que sua prisão prejudicava sua saúde.
Figallo declarou que Fujimori "não tem doença terminal", "doença grave, incurável e degenerativa", nem "transtornos mentais graves, insolúveis e incuráveis". "Os fatos e as condições não se ajustam a um indulto humanitário", defendeu.
Sobre o estado de Fujimori, Humala disse ainda que foi tomada uma série de medidas para atender "os requerimentos de uma pessoa em idade avançada". "Posso assegurar que o senhor Alberto Fujimori é o cidadão preso que está em melhores condições no Peru", garantiu.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis