Pressionado, Obama promete abrir informações sobre vigilância na internet
O presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu nesta quarta-feira (19) abrir informações sobre o Prism, programa secreto do governo americano para monitorar a internet.
Pressionado pela reação da opinião pública ao escândalo de espionagem, ele disse que divulgará dados sobre o sistema assim que voltar a Washington de sua visita oficial a Berlim.
Na capital alemã, Obama se defendeu das críticas e disse que os EUA teriam encontrado o "equilíbrio adequado" entre a segurança nacional e o respeito à privacidade dos cidadãos.
Ele afirmou que as informações interceptadas só estariam sendo acessadas sob supervisão judicial.
"Eu cheguei ao poder comprometido em proteger os americanos, mas também comprometido com nossos nossos valores e ideais. E um dos nossos maiores ideais são as liberdades civis e a privacidade", disse.
"Estou confiante de que neste momento nós encontramos o equilíbrio adequado."
O presidente fez as declarações depois de ser cobrado publicamente pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, para impôr limites à vigilância virtual.
SÍRIA
Questionado sobre a crise na Síria, Obama disse que o ditador Bashar al-Assad perdeu a legitimidade e defendeu a ajuda militar às tropas rebeldes que enfrentam o regime.
Ele disse "não pode e não vai" dar detalhes sobre a participação americana nos conflitos, mas disse que os EUA não estão entrando em uma nova guerra.
"O que nós queremos é terminar uma guerra", afirmou.
Merkel deixou claro que a Alemanha se opõe ao envio de armas para o país, mas prometeu cooperar na busca por uma transição política.
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