Irã pede que novo emir do Qatar reveja apoio a rebeldes sírios
O chanceler do Irã, Ali Akbar Salehi, pediu nesta quarta-feira ao novo emir do Qatar, Tamin bin Hamad al Thani, que reveja seu apoio aos rebeldes sírios. O emirado é um dos principais parceiros dos insurgentes, junto com a Arábia Saudita.
O xeque Tamim assumiu nesta quarta-feira, em substituição ao pai. Como outros países árabes do golfo Pérsico, que pertencem à vertente sunita do islamismo, o Qatar apoia os rebeldes sírios e é acusado de fornecer recursos para a compra de armas usadas nos combates.
Para o chanceler iraniano, o novo monarca deve mudar sua visão sobre o regime de Bashar al-Assad. "Tomara que ele faça uma revisão séria para podermos dar as mãos e lidar com a crise síria. Estamos esperançosos de que o Catar entre numa nova era em suas interações regionais com os países regionais e outros".
Mais tarde, porém, o emir afirmou que não mudará a política externa no país e que manterá seu apoio à soberania e à integridade de todos os povos árabes, assim como seu pai, Hamad bin Khalifa al Thani.
Nesta terça-feira, o grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que as tropas de Assad controlam totalmente a cidade de Tal Kalaj, no oeste do país, próximo à fronteira do Líbano. Ativistas da oposição afirmam que a ação teve ajuda do grupo radical islâmico Hizbullah.
Com uma população de 18 mil pessoas, Tal Kalaj está situada na província central de Homs e fica próxima de uma estrada que liga esta zona a Tartús, junto à costa mediterrânea. Na mesma região, fica Qusair, retomada no início do mês após três semanas de intensos combates com os rebeldes.
O grupo ainda informou um novo balanço de mortos. Para a entidade, mais de 100 mil pessoas morreram nos confrontos em todo o país desde março de 2011, quando começaram os protestos contra Assad. O número é maior que a estimativa da ONU, que calcula em 90 mil as vítimas do conflito sírio.
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