Delator da CIA desiste de pedir asilo político na Rússia
O consultor americano Edward Snowden, refugiado em Moscou depois de ter revelado a existência de vários programas de espionagem do governo de Washington, desistiu de pedir asilo diplomático à Rússia.
"Quando ontem soube da posição de Putin sobre as condições necessárias para ficar na Rússia, renunciou à demanda", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou na segunda-feira que Snowden só poderia ficar na Rússia se abandonasse "as atividades que têm como objetivo prejudicar" os Estados Unidos.
"Como Snowden se considera um defensor dos direitos humanos, claramente não tem a intenção de cessar suas atividades. Assim deve escolher um para onde seguir", disse.
Ewen MacAskill/Reuters | ||
Edward Snowden, 30, em entrevista ao "Guardian" em junho; ele revelou esquemas de monitoramento de dados dos EUA |
Ao mesmo tempo, Peskov disse que o ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA) não pode ser entregue aos Estados Unidos porque neste país existe a pena de morte.
"Nenhum país pode entregar Snowden a um país como os Estados Unidos, onde a pena de morte é aplicada", afirmou Peskov.
O governo da Polônia informou nesta terça-feira que rejeitou um pedido de asilo político de Edward Snowden.
De acordo com a organização WikiLeaks, Snowden pediu asilo a 21 países, incluindo Brasil, Rússia, Islândia, Equador, Cuba, Venezuela, Índia, China, Alemanha e França.
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