Ataques da Al Qaeda provocam fuga de centenas de presos no Iraque
Pelo menos 500 prisioneiros escaparam nesta segunda-feira das prisões iraquianas de Abu Ghraib e Taji, no Iraque, após membros da rede terrorista Al Qaeda fazerem um ataque militar para liberá-los. De acordo com as autoridades locais, pelo menos 36 pessoas morreram.
O ataque à prisão de alta segurança acontece no momento em que militantes sunitas muçulmanos voltam a ganhar força em sua insurgência contra o governo liderado pelos xiitas, no poder desde a invasão dos EUA que derrubou Saddam Hussein.
A polícia afirma que terroristas suicidas em carros cheios de explosivos detonaram os portões das prisões à noite, e invadiram o local enquanto homens armados atacavam os guardas com morteiros e lança-granadas. Outros militantes combateram contra militares perto da estrada que dá acesso à prisão.
Dez policiais e quatro militantes foram mortos nos confrontos que continuaram até a manhã de segunda, quando helicópteros militares chegaram, ajudando a recuperar o controle. Entretanto, centenas de detentos já haviam fugido de Abu Ghraib, dentre eles chefes da Al Qaeda.
"O número de detentos que escaparam chegou a 500, a maioria deles altos membros da Al Qaeda que tinham recebido a pena de morte", disse Hakim Al-Zamili, membro do comitê de segurança e defesa no Parlamento. "As forças de segurança prenderam alguns deles, mas o restante ainda está livre."
Um ataque simultâneo em outra prisão, em Taji, cerca de 20 km ao norte de Bagdá, seguiu um padrão semelhante, mas os guardas conseguiram evitar a fuga de detentos. Dezesseis soldados e seis militantes foram mortos.
As duas penitenciárias são as maiores do Iraque e nela estão presas centenas de pessoas por crimes de terrorismo, muitos deles militantes da Al Qaeda, além de criminosos comuns. Abu Ghraib também ficou conhecida após fotos de maus-tratos de soldados americanos a presos iraquianos em 2005.
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