Partos normais, como o de Kate Middleton, são maioria no Reino Unido
O parto normal da duquesa de Cambridge não é nada mais que um fato corriqueiro no sistema de saúde do Reino Unido, onde só um quarto dos nascimentos acontece por via cirúrgica.
No Brasil, o quadro é diferente. A cesárea responde por 52% dos partos. Na rede privada, já há cerca de dez anos, a fatia dos partos cirúrgicos fica em torno de 80%. Em alguns hospitais particulares, essa proporção é ainda maior.
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Mas é na rede pública que o parto normal vem perdendo espaço nos últimos anos, segundo números do próprio Ministério da Saúde.
A comodidade do parto com hora marcada (tanto para a mãe como para o médico) é um dos motivos para a alta proporção de cesáreas no país, assim como a forma de remuneração da equipe médica pelos planos de saúde no caso do parto natural -em geral muito mais demorado do que a cesárea.
A superlotação do sistema privado, com o aumento do número de brasileiros com plano de saúde nos últimos anos, também pode levar algumas mães a preferir garantir a vaga marcando o parto.
Um dos principais problemas da opção pela cesárea quando não há indicação médica para a cirurgia é a antecipação do parto, que pode levar ao nascimento de bebês com baixo peso ou no limite da prematuridade.
Pesquisa divulgada recentemente pela Fiocruz mostrou que 10,5% dos bebês nascidos no Brasil são prematuros. De acordo com os pesquisadores, que ainda vão investigar os motivos desse fenômeno, a antecipação do parto aliada à falta de precisão do cálculo da idade gestacional pode responder por parte dos casos de prematuridade.
BARRIGUINHA
Ao apresentar o bebê real à imprensa, Kate Middleton deixou à mostra os contornos de sua barriga ainda saliente, diferentemente de Lady Di, que usou um vestido bem largo quando levava, ao lado de Charles, o príncipe William nos braços, em 1982.
A "barriga de grávida" costuma permanecer por algumas semanas após o parto, enquanto o útero vai voltando ao seu tamanho normal. Já o peso ganho na gestação costuma demorar mais tempo a ir embora, mas amamentar pode ajudar nisso.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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