Ministro da Tunísia renuncia; pressão sobre o governo aumenta
O ministro da Educação da Tunísia, Salem Labyedh, pediu demissão, informou o porta-voz do primeiro-ministro nesta quarta-feira (31), à medida que aumenta a pressão pela renúncia do governo liderado por islâmicos.
Protestos contra o partido islâmico moderado Ennahda se intensificaram após o assassinato, na semana passada, do político secular Muhammad al-Brahimi --esquerdista, o segundo a ser morto em seis meses, interrompendo uma transição política que começou quando os tunisianos derrubaram um líder autocrático em 2011.
Os partidos de oposição, o maior sindicato trabalhista e o partido secular Ettakatol, parceiro de coalizão do partido Ennahda no poder, têm exigido a saída do governo.
Labyedh, um independente, tinha dito que estava pensando em renunciar depois que Brahmi foi morto a tiros na quinta-feira, crime que o governo atribui a radicais islamitas salafistas. A oposição acusa o Ennahda.
O ministro da Cultura, Mehdi Mabrouk, também disse à imprensa local que esperava convencer todos os ministros a renunciar.
"Espero ver a renúncia de todos os membros do governo nos próximos dias", disse ele à emissora de rádio local Shems. "Espero que estes sejam os últimos dias em que passo como ministro da Cultura".
Enquanto os políticos discutem, o Exército está empenhado em conter militantes islâmicos, que mataram oito soldados na segunda-feira em uma região montanhosa perto da fronteira com a Argélia, em um dos ataques mais sangrentos contra as tropas tunisianas em décadas.
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