Inspetores da ONU se dirigem para local de suposto ataque químico na Síria
Um grupo de inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas) se dirige nesta segunda-feira para a região de Ghuta oriental, no subúrbio de Damasco, para investigar o suposto ataque com armas químicas feito pelo regime do ditador Bashar al-Assad na última quarta (21).
A missão, composta por uma dezena de inspetores e dirigida pelo sueco Aake Sellstrom, desembarcou na capital síria no último dia 18 para investigar denúncias de outros supostos ataques. Três dias depois, no entanto, forças sírias executaram um ataque ao oeste de Damasco, durante o qual a oposição acusa o regime de ter utilizado armas químicas e matado mais de 1.000 pessoas.
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A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou sobre "3.600 pacientes com sintomas neurotóxicos" que chegaram na quarta-feira a três hospitais da província de Damasco, dos quais 355 morreram, apesar da ONG não ter conseguido "confirmar cientificamente a causa dos sintomas nem estabelecer a responsabilidade do ataque".
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) contabilizou mais de 300 mortos por gás tóxico, incluindo dezenas de rebeldes
Caso fique comprovado que houve uso de armas químicas no país, os Estados Unidos e o Reino Unido prometem dar uma "resposta contundente", segundo nota oficial divulgada pelo governo inglês.
INSENSATAS
Assad chamou de "insensatas" as acusações ocidentais sobre o suposto ataque químico executado por seu regime e advertiu o governo dos Estados Unidos que os projetos de intervenção militar na Síria estão "condenados ao fracasso".
Em uma entrevista ao jornal russo Izvestia, Assad disse que "as declarações feitas por políticos nos Estados Unidos e Ocidente são um insulto ao senso comum".
Washington sofrerá um revés como em todas as guerras anteriores que iniciou, começando pelo Vietnã, se decidir realizar uma operação militar na Síria, completou.
"Não faz sentido acusar primeiro e buscar as provas depois".
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