EUA interceptaram telefonema de regime sírio sobre ataque químico, diz revista
O governo dos Estados Unidos pretende divulgar esta semana parte de um relatório dos serviços de inteligência que aponta responsabilidade do regime sírio no ataque com suposto uso de armas químicas no dia 21 de agosto.
Segundo a revista americana "Foreign Policy", os serviços de informação americanos ouviram, após o ataque da semana passada, conversas de uma autoridade do ministério sírio da Defesa com um diretor da unidade de armas químicas, na qual ele pedia "respostas sobre um ataque com um agente neurotóxico que matou mais de 1.000 pessoas".
A revista destaca que a gravação é o principal argumento do governo americano para mostrar seu convencimento do uso de armas químicas por parte da Síria.
O presidente francês, François Hollande, que receberá na quarta-feira o presidente da Coalizão Nacional Síria (oposição), se mostrou "disposto" a intervir militarmente para "punir" Damasco por usar armas químicas.
O Parlamento francês será convocado para uma sessão extraordinária sobre a Síria, no dia 4 de setembro, anunciou o ministro das Relações com o Parlamento, Alain Vidalies.
Ahmad Ramadan, dirigente da coalizão, afirmou que a intervenção é "questão de dias" e que os rebeldes examinam com os países aliados os objetivos que podem ser atacados.
Os Estados Unidos descartaram uma ação militar unilateral contra a Síria e estão discutindo com os aliados sobre potenciais ataques punitivos que durariam pelo menos dois dias, informou um alto oficial nesta quarta-feira.
"Qualquer ação militar não será unilateral. Deverá incluir parceiros internacionais", afirmou a fonte, que pediu para se manter no anonimato.
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