Governo japonês afirma que comandará crise na usina de Fukushima
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou nesta segunda-feira que o governo assumirá o comando da gestão da crise na usina nuclear de Fukushima, cujos reatores foram afetados pelo terremoto seguido de tsunami de 2011.
Desde então, a operadora da usina tenta resfriar as pilhas atômicas, a fim de evitar um acidente nuclear maior. No entanto, os reservatórios de água radioativa sofrem vazamentos constantes, que ganharam grandes proporções.
Abe explicou que o Executivo "tomará as rédeas e iniciará todas as medidas necessárias" para combater os últimos vazamentos de água radioativa ao mar detectados recentemente na central. Para ele, são necessárias medidas contundentes e não soluções improvisadas.
Segundo o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, o governo anunciará na terça (3) uma série de medidas para combater os vazamentos. Durante o verão no país (inverno no Brasil), a Tokyo Electric Power (Tepco), que controla a usina, admitiu o vazamento de 300 toneladas diárias de água ao mar.
Nesta segunda, a equipe da Tepco encontrou uma nova área com alta radiação perto dos tanques utilizados para armazenar água contaminada. O local está em uma área diferente do reservatório onde ocorre o maior vazamento.
Para o presidente da autoridade japonesa de regulação nuclear, Shunichi Tanaka, a água contaminada da usina pode ser jogada ao mar, desde que passe por tratamento. "Em um dado momento será inevitável levar esta água para algum lugar, o oceano ou outro local".
"Se decidirmos verter a água no mar, faremos todos os esforços para reduzir os níveis o máximo possível abaixo do limite admissível", disse.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis