Não há mais tempo para negociações com o Irã, diz ministro israelense
O Irã está a caminho de desenvolver uma bomba nuclear dentro de seis meses, e o tempo para novas negociações acabou, disse um ministro israelense em entrevista publicada nesta sexta-feira.
O ministro de Assuntos Estratégicos, Yuval Steinitz, disse que o Irã ainda acredita que tem espaço para manobras nas negociações com as potências mundiais, e que a República Islâmica só vai encerrar suas atividades nucleares se enfrentar uma ameaça firme de ação militar dos EUA.
"Não há mais tempo para realizar negociações", disse Steinitz, que é próximo ao premiê Benjamin Netanyahu, em entrevista ao jornal israelense "Hayom".
Os Estados Unidos e seus aliados suspeitam que Teerã esteja trabalhando em busca de construir armas nucleares, mas o Irã insiste que seu programa atômico tem apenas fins pacíficos.
Segundo o ministro israelense, o Irã avançou em suas capacidades atômicas nos quatro anos de negociações sobre seu programa nuclear, nos quais sanções da ONU atingiram a economia do país.
"Se os iranianos continuarem correndo, em mais meio ano eles terão a capacidade para uma bomba", disse.
Israel tem minimizado as tentativas de aproximação do novo presidente iraniano, Hasan Rowhani, com o Ocidente. Em entrevista a uma emissora de TV dos EUA, Rowhani afirmou nesta semana que o Irã nunca vai desenvolver armas nucleares.
Em resposta, o gabinete de Netanyahu disse na quinta-feira: "Ninguém deve ser enganado pelas palavras fraudulentas do presidente iraniano. Os iranianos estão girando na mídia para que as centrífugas possam continuar girando."
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis