Ditador sírio volta a criticar EUA por ameaçar intervenção militar
O ditador da Síria, Bashar al-Assad, voltou a criticar os Estados Unidos por ameaçar atacar o país devido ao programa de armas químicas do país, dizendo que os norte-americanos buscam "desculpas para a guerra", em entrevista publicada pela televisão estatal da China.
A declaração é um novo ataque ao presidente americano, Barack Obama, que disse estar preparado para atacar a Síria mesmo sem aval da Organização das Nações Unidas (ONU), caso Assad não cumpra um acordo articulado pela Rússia para colocar os estoques de armas químicas da Síria sob controle internacional.
Os EUA tem responsabilizado as força de Assad pelo ataque com armas químicas realizado em 21 de agosto, quando mais de 1.400 pessoas foram mortas, segundo Washington. "Se os EUA querem encontrar desculpas para a guerra, eles vão encontrar, já que isso nunca os impediu", disse Assad.
"Enquanto os EUA continuarem a exercer sua hegemonia sobre outros países, manteremos todos a máxima atenção. Com ou sem a crise síria, estaremos sempre em alerta contra as intenções de países ocidentais de se sobrepor às resoluções da ONU e às leis internacionais", acrescentou.
Assad afirmou que China e Rússia iriam "assegurar que qualquer pretexto para uma ação militar na Síria não ficará de pé". Moscou e Pequim vetaram esforços anteriores do Ocidente para impor penalidades a Assad na ONU.
Mais cedo, a emissora publicou em sua página na internet um artigo atribuído ao ditador, em que Assad teria dito não ter preocupação com a intervenção e com punições internacionais. "Desde a independência, a Síria está comprometida com todos os tratados que assinou. Vamos honrar tudo que concordamos em fazer."
"E mais importante, quero dizer que, ao submeter um esboço para o Conselho de Segurança da ONU ou ao pressionar os EUA e a Rússia a concordarem sobre um acordo, os EUA, a França e o Reino Unido tentam se mostrar como vencedores em uma guerra contra a Síria, que é seu inimigo imaginário."
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