Elite da Marinha dos EUA ataca líder de grupo responsável por atentado no Quênia
Em resposta ao massacre em um shopping no Quênia, que deixou ao menos 67 mortos no fim de outubro, uma equipe da elite da Marinha americana (conhecida sob a sigla em inglês Seal) realizou um ataque contra um dos líderes do grupo radical muçulmano Al Shabaab, responsável pelo atentado.
Segundo o "New York Times", o governo americano acredita que o líder do grupo ligado à Al Qaeda tenha morrido na ação --o que não pôde ser confirmado antes de os militares deixarem o local.
O ataque, que vinha sendo planejado há dez dias, ocorreu na madrugada deste sábado em uma vila litorânea junto à cidade de Baraawe, na Somália.
Os membros das forças especiais chegaram à casa do líder --cujo nome não foi revelado-- pelo mar, atirando. O tiroteio teria durado mais de uma hora, segundo testemunhas.
Por ser muito arriscado, este tipo de ação é raro e indica que o alvo era considerado uma "prioridade".
Este foi o maior ataque de tropas americanas em solo somali desde o assassinato de Saleh Ali Saleh Nabhan, também líder do Al Shabaab e ligado à Al Qaeda, em 2009.
Uma fonte do governo somali disse ao jornal que seu país havia sido informado antes do ataque. Um porta-voz do grupo radical disse apenas que um de seus integrantes foi morto num tiroteio.
IDENTIDADES
Neste sábado, o porta-voz militar do Quênia, major Emmanuel Chirchir, confirmou o nome de quatro homens que seriam responsáveis pelo ataque ao shopping Westgate Mall, em Nairóbi, que matou ao menos 67 pessoas no mês passado. São eles: Abu Baara al-Sudani, Omar Nabhan, Khattab al-Kene e Umayr.
Os nomes foram transmitidos pela primeira vez por uma emissora de TV local. Em e-mail enviado para a agência de notícias The Associated Press, o major disse "eu confirmo que esses são os nomes dos terroristas".
A identificação foi feita a partir de imagens do circuito interno do shopping. Não são vistos mais de quatro homens, contradizendo a declaração anterior do governo que indicava entre 10 e 15 combatentes no ataque do dia 21 de setembro.
O Al Shabaab, afiliado da Al Qaeda na vizinha Somália, reivindicou a responsabilidade pelo ataque, dizendo que era a vingança contra a intervenção militar do Quênia, na Somália, em 2011, que visava expulsar os extremistas.
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