Rússia culpa mulher-bomba por explosão em ônibus que deixou seis mortos
A explosão em um ônibus que deixou ao menos seis mortos na cidade russa de Volgogrado foi provocada por uma mulher-bomba, afirmou o Comitê Antiterrorista do país. Há pelo menos outros 20 feridos, sete em estado grave.
De acordo com investigadores, a mulher é Naida Asiyalova, 30, do Daguestão, província russa do Cáucaso Norte que está no centro de uma insurgência liderada por militantes islâmicos.
"Ela se tinha convertido há pouco ao islamismo e era a esposa de um líder de um grupo guerrilheiro", disse um porta-voz do Comitê de Instrução russo citado pela agência de notícias local Interfax.
A identidade da mulher foi revelada através de documentos encontrados perto do local do ataque.
"Essa mulher subiu no ônibus em uma das paradas e a explosão ocorreu quase imediatamente depois. Isso foi confirmado por passageiros sobreviventes", afirmou o porta-voz do comitê, Vladimir Markin. O veículo transportava cerca de 40 pessoas.
A TV estatal mostrou imagens de uma explosão atingindo o ônibus que trafegava por uma via arborizada, gravadas por uma câmera instalada no painel de um carro. Depois que o ônibus parou, passageiros arrastaram-se para fora pelas portas e vidros.
"Houve uma explosão, um estrondo, todos os vidros voaram para fora das janelas", disse à TV estatal Rossiya um motorista chamado Ivan, que dirigia um veículo que estava atrás do ônibus.
"A nuvem de fumaça rapidamente se dissipou e então eu vi pessoas começarem a cair e correr para escapar do ônibus", disse ele. "Foi uma visão horrível."
Outra fonte da polícia, no entanto, disse mais cedo à agência RIA Novosti que, de acordo com dados preliminares, a explosão pode ter ocorrido em função do mau funcionamento do equipamento de gás do veículo.
Volgogrado tem cerca de 1 milhão de habitantes e está a algumas centenas de quilômetros da cidade de Sochi, sede das Olímpiadas de Inverno do próximo ano, no Cáucaso Norte.
O presidente russo, Vladimir Putin, colocou sua reputação em jogo na realização dos jogos e ordenou às autoridades o reforço da segurança na região, onde a insurgência islâmica tem raiz em duas guerras separatistas pós-soviéticas que colocaram militantes chechenos contra o governo central russo.
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